6.6 C
Londres
Sexta-feira, Abril 26, 2024

Burkina Fasso dá o grito do Ipiranga

“Porque não se juntaria o Chade a nós neste processo? Se o Chade, com o poder e a experiência do seu exército, se juntar a esta federação, seremos uma força” - primeiro-ministro do Burkina Fasso, Apollinaire Kyelem de Tambela.

Burkina Fasso dá o grito do Ipiranga.

O primeiro-ministro do Burkina Fasso, Apollinaire Kyelem de Tambela, convidou hoje, 3 de Março de 2023, o Chade a fazer parte de um projeto de federação já iniciado com o Mali e a Guiné-Conacri, informou o seu gabinete em comunicado.

“O Chade está mais próximo culturalmente. Temos semelhanças culturais. Com o Mali e a Guiné estamos num processo de federação”.

Disse Tambela à margem da celebração da 28.ª edição do Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, onde esteve o ministro chadiano dos Assuntos Culturais, Património Histórico, Turismo e Artesanato, Abakar Rozzi Teguil.

“Porque não se juntaria o Chade a nós neste processo? Se o Chade, com o poder e a experiência do seu exército, se juntar a esta federação, seremos uma força”.

“E devemos fazê-lo com o entendimento geral, incluindo o da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”.

“Estamos conscientes de que podemos viver fora dele [CEDEAO], mesmo que não seja o nosso desejo”.

Sustentou o primeiro-ministro do Burkina Fasso.

O ministro chadiano, por seu lado, limitou-se a garantir o seu apoio ao Burkina Fasso.

“Como todos os outros países em dificuldade, o Burkina Fasso está a levantar-se”.

“Sempre estivemos ao lado do Burkina Fasso e continuaremos a estar”, assegurou Teguil.

A 02 de Fevereiro de 2023, Tambela propôs ao Mali, durante uma visita a este país vizinho, constituir uma “federação flexível” durante o período de transição de ambos os Estados, governados por juntas militares.

Alguns dias mais tarde, o Burkina Fasso e o Mali, juntamente com a Guiné-Conacri, país também governado por uma junta militar, optaram por reforçar as suas relações tripartidas numa reunião dos seus ministros dos Negócios Estrangeiros.

Nos últimos meses, tanto o Burkina Fasso como o Mali afastaram-se do seu parceiro tradicional e antiga metrópole, a França, e decretaram a expulsão das suas tropas dos seus territórios, enquanto reforçaram a aproximação à Rússia.

 

O que achas desta situação? O Burquina Fasso está a querer assumir a liderança de África? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.
Imagem: © 2023 DR
Logo Mais Afrika 544
Mais Afrika

Ultimas Notícias
Noticias Relacionadas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!