Cabo Verde foi um dos grandes protagonistas da noite, ao conquistar o prémio de Melhor Vídeo de Turismo Africano com a campanha “Ilhas de Cabo Verde do Coração”, narrada pelo cantor e activista Dino d’Santiago.

A produção, que exalta a alma crioula, a musicalidade e a diversidade natural do arquipélago, já havia vencido distinções internacionais de publicidade e comunicação, consolidando-se agora como uma referência de promoção turística africana.

Ainda no país anfitrião do Atlântico, Hamilton Jair Fernandes, presidente do Instituto de Turismo de Cabo Verde, foi distinguido como Ícone da Indústria Turística Africana, reconhecimento pela liderança e pela transformação digital do sector cabo-verdiano.

Entre as distinções corporativas, o arquipélago arrecadou ainda títulos relevantes atribuídos pela organização dos African Tourism Awards:

Angola também brilhou intensamente em Londres, através da sua nova geração de líderes e criadores turísticos. A directora-geral do Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR), Allicia Santos, foi reconhecida como Ícone da Indústria, partilhando o galardão com o dirigente cabo-verdiano Hamilton Jair Fernandes.

A presidente da Associação das Agências de Viagens e Operadores Turísticos de Angola (AAVOTA), Catarina Oliveira, recebeu o Prémio de Liderança Feminina no Turismo, destacando-se como uma das principais vozes na valorização das mulheres no sector.

A influenciadora Jessi Madalena, conhecida pelo seu trabalho de promoção das belezas naturais e culturais de Angola, foi eleita Personalidade Jovem do Turismo do Ano, assumindo o título de Embaixadora do Turismo de Angola 2025.

No plano corporativo, as empresas angolanas também marcaram presença com várias distinções:

Do Índico, Moçambique trouxe para casa alguns dos prémios mais disputados da gala. O fotógrafo e empresário Dércio Rodrigues, fundador da Moz Outdoor Adventures, foi distinguido com o Prémio de Melhor Fotografia de Turismo, pelo seu trabalho em ecoturismo e valorização das paisagens costeiras moçambicanas.

A nível de hospitalidade e turismo de luxo, o país somou galardões de peso:

O arquipélago de São Tomé e Príncipe também teve o seu momento de glória, conquistando o prémio de Melhor Hotel de São Tomé e Príncipe 2025 com o Pestana São Tomé, uma referência de hospitalidade no coração do Golfo da Guiné.

A distinção confirma a aposta do país na modernização do turismo insular, sustentado pela fusão entre natureza, história e hospitalidade local. O prémio reforça ainda a presença dos PALOP entre os destinos africanos mais reconhecidos, demonstrando que o turismo de qualidade também floresce nas pequenas ilhas atlânticas.

No total, foram entregues 35 prémios em 29 categorias, num evento que reuniu profissionais, instituições e criadores de todo o continente. A cerimónia, segundo a organização, teve como propósito “reconhecer o melhor que África tem para oferecer em turismo, desde destinos e sustentabilidade até comunicação, hotelaria e liderança”.

Entre os vencedores dos African Tourism Awards 2025, destacou-se a forte presença dos países dos PALOP, num reflexo da crescente influência lusófona nas indústrias criativas e turísticas do continente.

Em Londres, os sotaques africanos fundiram-se sob a mesma língua portuguesa e no final da noite, entre troféus, aplausos e promessas de novos projectos, ficou uma certeza: o turismo africano fala, cada vez mais, a língua da modernidade, da inovação e da esperança.

Os Prémios de Turismo de África 2025 confirmam que a excelência africana no sector já não é uma excepção, virou uma tendência. Cabo Verde, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com estilos distintos e estratégias próprias, demonstram que a lusofonia está a tornar-se um eixo essencial na promoção de África como destino global.

Mais do que prémios, estas distinções representam a afirmação de uma identidade partilhada: o turismo nos PALOP, como motor de cultura, economia e integração continental.