Final Do Mundial Feminino: Uma Vitória Histórica.
A história do futebol feminino ganhou um novo e emocionante capítulo com a conquista histórica da Espanha no Mundial Feminino de Futebol. Na final inédita realizada em Sydney, a Espanha enfrentou a Inglaterra e saiu vencedora, erguendo o troféu de campeã pela primeira vez na sua história.
Um único golo, marcado por Olga Carmona aos 29 minutos, foi o suficiente para selar a vitória espanhola por 1-0 e escrever um novo marco no desporto mundial.
A percurso até à final foi repleto de momentos de tensão e emoção. Tanto a Espanha como a Inglaterra enfrentaram desafios únicos ao longo do torneio, mostrando a sua vontade e determinação para chegar à partida decisiva.
A abordagem tática das equipes mostrou ser crucial, com a Espanha a apostar na posse de bola e nas trocas rápidas, enquanto a Inglaterra adotou uma estratégia mais direta, explorando a velocidade e a pressão alta.
Claramente a abordagem espanhola foi a melhor pois acabaram por ganhar esta final fabulosa, escrevendo o nome do seu país e do futebol feminino, nos anais da história.
A Conquista do Título
No jogo decisivo, a intensidade esteve no ar desde o apito inicial. A Inglaterra mostrou determinação ao procurar o ataque e chegou perto de abrir o placar com um remate à barra de Lauren Hemp.
No entanto, a Espanha não se deixou abalar e respondeu com uma jogada magistral que culminou no golo de Olga Carmona. A partir desse momento, as espanholas conseguiram controlar o jogo com maestria, mantendo a posse de bola e dificultando os avanços das adversárias.
O título conquistado pela Espanha transcende o campo de jogo, tendo um impacto significativo no mundo do futebol feminino. Esta vitória é um símbolo do reconhecimento e celebração do esforço das jogadoras, técnicos e adeptos que lutam para elevar o estatuto do futebol feminino a nível global.
Olga Carmona
Um dos destaques individuais do torneio foi Olga Carmona, a lateral-esquerda da seleção espanhola. Carmona não marcou apenas o golo decisivo na final, mas também mostrou consistência ao longo do torneio, demonstrando ser uma peça vital na conquista do título.
O Jogo
No Estádio Olímpico de Sydney, a final foi entre a atual campeã europeia, Inglaterra, e uma Espanha ‘reformulada’ pelo técnico Jorge Vilda que apresentou um cenário de equilíbrio. Vilda enfrentou desafios com a seleção, reconstruindo-a devido a lesões de jogadoras-chave, mas ainda contando com talentos como Alexia Putellas, Mariona Caldentey, Aitana Bonmati e Salma Paralluelo.
O jogo contou de início com sete jogadoras do campeão europeu FC Barcelona, seis no lado de Espanha e uma em Inglaterra, a lateral, de pai português, Lucy Bronze. Alexia Putellas, considerada a melhor jogadora do mundo, surpreendentemente ficou no banco, tendo Vilda escolhido Salma Paralluelo como titular após a sua atuação decisiva nas meias-finais.
Na equipe inglesa, a treinadora Sarina Wiegman não fez alterações após a vitória na meia-final contra a Austrália. Lauren James que cumpriu uma suspensão nos oitavos de final, retornou ao banco e entrou no intervalo.
Apesar do início mais forte da Inglaterra, com um remate de Lauren Hemp na barra aos 16 minutos, a Espanha tomou controle do jogo. O golo espanhol surgiu de uma jogada envolvendo Teresa Abelleira, Mariona Caldentey e Olga Carmona que aproveitou um espaço deixado pela defesa inglesa para marcar aos 29 minutos.
Após o golo, a Inglaterra lutou para reagir, mas não conseguiu criar oportunidades claras. No segundo tempo, a Espanha controlou o jogo, defendendo bem contra os esforços ingleses.
Os 45 minutos finais, num terreno encharcado pela chuva pré-jogo, foram intensos, com a Inglaterra a procurar uma reviravolta. Os últimos minutos foram de sufoco para a Espanha que sofreu com a maior frescura de Lauren James e das atacantes inglesas, mas a defesa e Cata Coll seguraram a vantagem e o título.
O Título
Este é um título histórico. É a primeira vez que a Espanha vence um campeonato do mundo de futebol feminino, sucedendo assim à sua congénere dos EUA. A Espanha é também o segundo país do mundo, a seguir à Alemanha, a conquistar um título mundial em futebol masculino e feminino.
Já a Inglaterra, campeã europeia em título, alcança também a sua melhor participação num campeonato do mundo de futebol feminino, uma vez que nunca tinha atingido a final, tendo sido terceira classificada em 2015 e quarta em 2019.
O último lugar do pódio do Mundial Feminino 2023 ficou entregue à Suécia, que no sábado venceu por 2-0 a Austrália, uma das anfitriãs, no encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares.
Neste Mundial Feminino de Futebol, os países lusófonos presentes, Portugal e Brasil, foram eliminados na fase de grupos, em conjunto com um dos 4 países africanos qualificados, a Zâmbia. Os outros 3 países africanos qualificados, Nigéria, África do Sul e Marrocos, conseguiram o feito histórico de ir até aos oitavos de final.
Ficha do Jogo
Jogo no Estádio Olímpico de Sydney.
Espanha – Inglaterra, 1-0
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: 1-0, Olga Carmona, 29 minutos.
Equipes:
Espanha: Cata Coll, Ona Battle, Irene Paredes, Laia Codina (Ivana Andrés, 73), Olga Carmona, Teresa Abelleira, Aitana Bonmati, Mariona Caldentey (Alexia Putellas, 90), Jennifer Hermoso, Salma Paralluelo e Alba Redondo (Oihane Hernández, 60).
(Suplentes: Misa Rodriguez, Oihane Hernández, Ivana Andrés, Irene Guerrero, Esther Gonzalez, Enith Salon, Eva Navarro, Maria Perez, Alexia Putellas, Rocio Galvez, Claudia Zornoza, Athenea del Castillo).
Treinador: Jorge Vilda
Inglaterra: Mary Earps, Alex Greenwood, Millie Bright, Jessica Carter, Lucy Bronze, Keira Walsh, Georgia Stanway, Rachel Dali (Lauren James, 46), Ella Toone (Beth England, 87), Lauren Hemp e Alessia Russo (Chloe Kelly, 46).
(Suplentes: Hannah Hampton, Ellie Roebuck, Niamh Charles, Jordan Nobbs, Lotte Wubben-Moy, Esme Morgan, Laura Coombs, Chloe Kelly, Beth England, Katie Zelem, Katie Robinson, Lauren James).
Treinador: Sarina Wiegman.
Árbitro: Tori Penso (Estados Unidos).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Lauren Hemp (55 minutos) e Salma Paralluelo (78).
Assistência: 75.784 espetadores.
Conclusão
A vitória inédita da Espanha no Mundial Feminino de Futebol é um marco emocionante e histórico. Este triunfo não é apenas sobre o troféu levantado, mas também sobre o reconhecimento da dedicação e talento das jogadoras que competem com paixão e determinação.
O título da Espanha, a prestação da Inglaterra na final e a força como as equipes lusófonas e as africanas se comportaram neste mundial da FIFA, servem como uma memória viva do poder poderoso do desporto, em unir nações e inspirar gerações futuras.
O que achaste deste Mundial de Futebol Feminino? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.
Ver Também:
Mundial Feminino: Terminou O Sonho Africano
Mundial Feminino: Marrocos Foi Esmagado
Mundial Feminino: Nigéria Perde Nos Penáltis
Mundial Feminino de Futebol: África brilha, 3 Países Nos Oitavos
Mundial Feminino de Futebol: África Surpreende
África Não Encanta No Mundial Feminino 2023
Imagem: © 2023 FIFA