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ToggleRômulo Neves: Um Poeta nas Asas da Diplomacia
Entrevista Exclusiva a Mais Afrika, de Rômulo Neves, Ministro Conselheiro na Embaixada do Brasil em Maputo, Moçambique.
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Bem-vindos de volta à série das Grandes Entrevistas “Mais Afrika“! Hoje, temos o privilégio de receber Rômulo Neves, Ministro Conselheiro na Embaixada do Brasil em Maputo, Moçambique. Esta entrevista surge no seguimento de um interesse crescente nas relações diplomáticas entre o Brasil e os países africanos, neste caso, Moçambique.
Nesta décima nona Grande Entrevista e a primeira deste ano 2024, exploraremos a trajetória profissional de Rômulo Neves, desde o seu percurso como jornalista até sua actual posição como diplomata. Discutiremos também o papel da literatura e da escrita sobre política internacional na sua abordagem diplomática, bem como a sua visão sobre as relações entre o Brasil e Moçambique.
Além disso, analisámos projetos de cooperação entre os dois países e as suas perspectivas de crescimento futuro. Sem mais delongas, vamos mergulhar nesta fascinante conversa com Rômulo Neves e… prepare-se para ser surpreendido.
A Entrevista
O Percurso de Rômulo Neves
No calor da conversa com Rômulo Neves, o Ministro Conselheiro na Embaixada do Brasil em Maputo, Moçambique, é fácil perdermo-nos nas intricadas camadas de sua história profissional. Rômulo, cujo percurso começou como jornalista antes de uma transição fluida para o Ministério das Relações Exteriores em 2005, desenhou uma trajetória repleta de aventuras internacionais.
“O meu percurso é um pouco diversificado”.
“Antes de ingressar no serviço diplomático, experimentei diferentes papéis na sociedade”.
“Desde trabalhar como jornalista até actuar como técnico judiciário, explorei diversos aspectos do mundo profissional”.
Reflectiu Rômulo com um sorriso.
De facto, os seus primeiros anos foram marcados por uma procura constante de novos desafios.
“Após ingressar no Instituto Rio Branco e iniciar um doutorado em Sociologia na UNB, dei um salto para o exterior”.
“Do Suriname à Venezuela, da Etiópia ao Paquistão, minhas experiências moldaram minha compreensão do mundo e sua dinâmica”.
Continuou traçando um panorama das suas peregrinações.
O seu percurso de viagem, meticulosamente traçado ao longo de dezanove anos de serviço, revela não apenas um desejo de conhecer novas culturas, mas também um compromisso inabalável com a diplomacia e a cooperação internacional.
“Cada destino, cada país, ofereceu lições únicas”.
“Agora, aqui em Moçambique, encontro-me imerso em uma nova jornada, pronta para enfrentar os desafios que se apresentam”.
Partilhou Rômulo Neves, com uma expressão de gratidão.
Ao ouvir as suas palavras, é evidente que a carreira de Rômulo é muito mais do que uma série de destinos; é uma narrativa de dedicação, aprendizagem e compromisso com a procura pela compreensão mútua e colaboração global.
O Poeta e o Diplomata
Rômulo Neves, refletiu sobre a sua vasta experiência como poeta e autor e delineou como as suas actividades literárias ecoaram no seu papel diplomático, especialmente em contextos tão diversos como os encontrados nos países africanos.
Destacou a coexistência de várias facetas da sua vida: professor, diplomata e autor e como as suas vivências, tanto no Brasil quanto no exterior, se entrelaçaram nas suas obras.
“Eu tenho vidas paralelas, como escritor, professor e diplomata”.
“Embora inicialmente tenha escrito mais sobre minhas experiências no exterior, como em Berlim, onde lancei um livro pela primeira vez fora do Brasil, minhas vivências pessoais inevitavelmente se entrelaçaram com minha trajetória diplomática”.
Rômulo partilhou uma experiência poética marcante na Etiópia, onde a perda de um amigo Diplomata espanhol inspirou um poema sobre o exílio e a dor. Essas vivências pessoais, embora independentes da sua expressão artística, inevitavelmente entrelaçaram-se com a sua trajetória diplomática.
“Um exemplo é o poema ‘Exílio’, inspirado na experiência dolorosa na Etiópia, onde REPENTINAMENTE, um amigo Diplomata espanhol faleceu”.
“Essa experiência profundamente comovente acabou influenciando minha obra”.
Ao relatar a sua experiência como exilado em sua poesia, Rômulo Neves destacou a desprendimento e a estranheza presentes na sua relação com São Paulo, cidade onde cresceu, mas que ainda assim evoca sentimentos de alteridade.
“Embora tenha crescido em São Paulo, muitos dos meus poemas retratam a cidade com um certo estranhamento, refletindo minha experiência como alguém que chegou de outra cidade”.
“Essa sensação de deslocamento permeia minha poesia”.
A integração entre a sua atividade literária e diplomática em Moçambique foi particularmente marcante, com o relançamento dos seus livros a receberem uma calorosa recepção. Rômulo enfatizou a importância de manter um distanciamento claro entre os seus papéis como escritor e diplomata, procurando evitar confusões de papéis ao relançar os seus livros em Moçambique.
“Embora tenha sido gratificante relançar meus livros aqui em Moçambique e ser bem recebido no meio literário, procurei manter uma separação clara entre minhas atividades como escritor e diplomata”.
“Evitando, por exemplo, realizar o relançamento no Centro Cultural Brasil Moçambique, para evitar possíveis conflitos de interesse”.
Essa habilidade de navegar entre diferentes esferas da sua vida revela a versatilidade e a profundidade da sua abordagem tanto na literatura quanto na diplomacia.
O Autor, o Professor e o Diplomata
Durante a nossa conversa, Rômulo Neves partilhou aspectos valiosos sobre a sua experiência como autor e professor de política internacional, destacando como essa dualidade de papéis influenciou a sua abordagem diplomática. Ele mencionou os seus dois livros sobre o tema, revelando que são fruto não apenas da sua pesquisa, mas também do seu trabalho como docente.
O seu primeiro livro, focado na Venezuela, surgiu após o seu estágio inicial como diplomata no exterior, onde ficou impressionado com a organização venezuelana.
Esse interesse levou-o a uma extensa pesquisa que acabou por se tornar a sua dissertação de mestrado e ganhou reconhecimento como a melhor do ano. O segundo livro, por sua vez, nasceu de um curso que ministrou, reflectindo o seu processo de ensino-aprendizagem.
Ao discorrer sobre a sua prática como professor, Rômulo ressalvou a importância desse papel na sua própria compreensão do tema. Ele comparou o acto de ensinar à necessidade de entender plenamente um assunto, citando o ditado:
“Se você quiser aprender alguma coisa, vá dar aula sobre aquilo”.
A sua experiência lecionando em várias instituições, tanto em Brasília quanto em Moçambique, proporcionou-lhe oportunidades constantes de reflexão sobre o seu trabalho e os desafios que enfrenta como diplomata.
“O que eu fiz no livro, é o que eu faço em sala de aula, parar para explicar para outras pessoas o que você faz”.
“Isso te ajuda a entender exatamente o que você faz”.
“Você precisa esquematizar, você precisa tornar claro, você precisa esclarecer pontos que não são tão claros na sua cabeça, para você poder passar aquilo para alguém”.
Comentou Rômulo Neves, focando o relacionamento entre a sua atividade como autor e como professor.
Essa integração entre ensino, pesquisa e prática diplomática, evidencia a abordagem multifacetada de Rômulo, onde cada actividade alimenta e enriquece as outras. Os seus livros não são apenas obras académicas, são também reflexos do seu percurso como professor e profissional na área das relações internacionais.
O Doutoramento em Moçambique
Durante a nossa conversa, Rômulo Neves partilhou detalhes interessantes sobre a sua actual pesquisa de doutoramento na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, explorando as relações entre o Brasil e Moçambique e o seu impacto na política externa brasileira.
Ele contextualizou a sua pesquisa dentro do panorama político vigente, destacando o papel do Presidente do Brasil na formulação e execução da política externa e fazendo um paralelo com o mandato anterior de Lula que também promoveu uma aproximação com África duas décadas atrás.
“O tema da minha pesquisa é exatamente as relações brasil-áfrica como um todo”.
Explicou Rômulo, ressalvando a importância de compreender como a visão do Brasil em relação ao continente africano evolui ao longo do tempo. Ele sublinhou a necessidade de examinar não apenas os aspectos históricos das relações bilaterais, mas também as mudanças significativas no contexto global, como o avanço da tecnologia e a crescente influência da China.
Ao abordar os desafios actuais e as perspectivas de reativação das relações Brasil-África, Rômulo destacou a complexidade do tema e a relevância da sua pesquisa para quebrar paradigmas. Ele explicou que a sua dissertação não se limita a analisar ações específicas, mas procura compreender o significado mais amplo de África para o Brasil, incluindo a sua importância para o governo, o Itamaraty e os empresários.
“Eu não vou tratar de cada ação específica do Brasil para a África, mas do conceito geral do que a África significa para o Brasil”.
Esclareceu Rômulo Neves, sublinhando a necessidade de uma abordagem holística que leve em consideração múltiplos actores e perspectivas. Ele também referiu a importância do envolvimento da sociedade civil, das universidades e do setor privado na construção de uma política externa eficaz e significativa.
“Sem os empresários, sem as universidades, sem a população visitando, não tem como o governo construir uma política externa significativa”.
Comentou Rômulo, destacando a interdependência entre os diferentes actores no processo de formulação e implementação da política externa brasileira. A sua pesquisa, visa não apenas gerar conhecimento académico, mas também fornecer conhecimentos práticos para promover uma maior cooperação e entendimento entre o Brasil e a África.
As Parcerias Académicas
Rômulo Neves também abordou a importância das parcerias académicas entre universidades brasileiras e moçambicanas, bem como a necessidade de optimizá-las para promover intercâmbios e pesquisas conjuntas. Ele destacou que, o intercâmbio acadêmico é fundamental para fortalecer os laços entre o Brasil e África, especialmente para os estudantes em Moçambique.
“A via acadêmica é uma via mais barata, mais perene e mais construtiva de fomentar um relacionamento”.
Comentou Rômulo, sublinhando que a transferência de conhecimento é um processo relativamente acessível e de longo prazo. Ele reconheceu que, embora os fluxos académicos pareçam neutros à primeira vista, eles também refletem interesses estruturais mais amplos.
“O estudante brasileiro sai do Brasil para fazer pós-graduação na África, pouquíssimos fazem”.
“É uma posição política”.
Explicou Rômulo, destacando a importância da sua escolha de estudar em Moçambique como uma declaração de comprometimento com as relações Brasil-África. Ele também mencionou o programa de concessão de bolsas de estudo do Brasil para países em desenvolvimento que tem sido bastante utilizada por estudantes africanos.
“Fomentar esse intercâmbio é crucial”.
“O sujeito que foi estudar no Brasil mantém relações com o país, conhece brasileiros e isso resulta em conexões de longo prazo”.
Esclareceu Rômulo, destacando o impacto duradouro dessas experiências académicas na construção de parcerias e colaborações futuras entre os países.
Ele também discutiu o papel da língua na promoção do intercâmbio cultural e académico, citando exemplos como a Aliança Francesa e a Casa Thomas Jefferson, que investem na formação de pessoas no exterior para falarem diferentes idiomas.
Rômulo Neves sublinhou que a via académica, além de universitária, é uma estratégia de baixo custo e alto benefício para fortalecer as relações internacionais entre o Brasil e África, embora reconheça os desafios em países onde a leitura é menos incentivada.
O Intercambio Agrícola
Durante a entrevista, Rômulo Neves partilhou as suas reflexões sobre as oportunidades e desafios nas relações bilaterais entre o Brasil e Moçambique, baseado na sua experiência na Embaixada do Brasil em Maputo e em outros países africanos.
Ele destacou a intensidade e promessa dos laços entre os dois países, especialmente no que diz respeito à agricultura, uma área na qual o Brasil é uma potência.
“Essas similaridades são muito interessantes”.
Comentou Rômulo, referindo-se às potenciais sinergias entre os mercados do Brasil e as necessidades de Moçambique. Ele sublinhou a disponibilidade de terras aráveis em Moçambique como uma oportunidade ideal para uma parceria agrícola com o Brasil.
No entanto, reconheceu que, embora os ingredientes para uma parceria estejam presentes, a sua realização enfrenta desafios significativos que exigem uma actuação de alto nível. Rômulo explicou que as parcerias bilaterais requerem não apenas esforços da Embaixada, mas também decisões a um nível mais elevado para que os projectos e processos possam avançar efectivamente.
Rômulo citou exemplos de iniciativas anteriores que não alcançaram o seu devido potencial, a questões operacionais e de comunicação, como a fábrica de medicamentos antirretrovirais e o projeto ProSavana 1ProSavana, é a sigla de Programa de Cooperação Tripartida para o Desenvolvimento Agrícola da Savana Tropical no norte de Moçambique. O acordo, efectuado em 2009, previa utilizar uma faixa de terra moçambicana da ordem de 14 milhões de hectares, na área de Nacala (incluindo o Porto), para plantio de grãos voltados à exportação. O projeto seguiria os mesmos moldes do desenvolvimento realizado pelo Brasil na região do Mato Grosso na década de 1970, área hoje dominada pela monocultura de soja. Moçambique cederia as terras, o Brasil, a tecnologia, e o Japão comercializaria os produtos – com a utilização de uma grande ferrovia que corta a região de Nacala, ligando-a ao porto de mesmo nome. O projeto unia o Governo de Moçambique, a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica, em inglês) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC – vinculada ao Ministério das Relações Exteriores). No entanto, sofreu fortes entraves pelas organizações de camponeses dos três países, a ponto de ser deixado de lado tanto pelo Brasil quanto pelo Japão. na agricultura.
“ProSavana era um link, uma parceria muito interessante”.
Disse Rômulo, descrevendo a proposta que ligava os recursos moçambicanos aos produtores brasileiros e a investidores japoneses. No entanto, explicou que o projecto foi prejudicado por uma narrativa equivocada que levou à sua retração, apesar do potencial benefício para os pequenos produtores locais.
Lamentou-se que a falta de compreensão sobre o papel dessas iniciativas tenha resultado na sua interrupção, apesar do grande potencial de desenvolvimento que poderiam trazer.
“Infelizmente, primeiro os governos precisam conversar e segundo tem esse histórico negativo do ProSavana”.
Comentou Rômulo Neves, destacando a necessidade de superar os obstáculos passados para aproveitar o enorme potencial de parceria entre o Brasil e Moçambique. Ele sublinhou que, apesar das dificuldades, as oportunidades de cooperação permanecem enormes e são fundamentais para o desenvolvimento económico e social de ambos os países.
O Papel da Diplomacia
Durante a entrevista, Rômulo Neves abordou o papel da diplomacia brasileira na contribuição para a formação de quadros moçambicanos, bem como a importância da tecnologia, incluindo o sistema de assinatura digital, no desenvolvimento socioeconómico de Moçambique.
Rômulo destacou que Moçambique tem procurado referências no Brasil, não apenas em relação à certificação digital, mas também na organização do ambiente de internet, considerando o Brasil como um modelo a ser seguido. Ele sublinhou, no entanto que o modelo brasileiro de gestão da internet, foi desenvolvido ao longo de mais de 20 anos e que não é algo que possa ser replicado imediatamente.
“O Brasil está num meio termo muito interessante, na verdade, de uma governança multissetorial”.
Comentou Rômulo, referindo-se à abordagem brasileira que envolve tanto o sector público quanto o privado na tomada de decisões relacionadas à internet. Ele explicou que, enquanto em alguns países a iniciativa privada domina o campo, em outros são os governos que controlam, o Brasil adoptou uma abordagem partilhada equilibrada.
Quanto à certificação digital, Rômulo Neves observou que Moçambique tem a oportunidade de dar um salto e pular etapas, aproveitando as soluções já implementadas no Brasil. No entanto, relembrou que, embora o conhecimento esteja disponível, é necessário garantir recursos adequados para implementar tais avanços tecnológicos.
“O conhecimento sem recursos e fica capenga 2“Ficar capenga” é uma expressão coloquial brasileira que significa ficar incompleto, deficiente ou não funcionar corretamente. do mesmo modo como recurso sem conhecimento também fica capenga”.
Sublinhou Rômulo, destacando a importância de investimentos adequados na área de tecnologia para garantir o sucesso de iniciativas como a certificação digital em Moçambique.
Ele concluiu destacando que a dicotomia entre investimento e conhecimento é um desafio enfrentado por muitos países, e que é fundamental reconhecer a importância de investir em recursos para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e socioeconómico.
O Que Reserva o Futuro
Na conclusão da entrevista, Rômulo Neves partilhou as suas reflexões sobre o que poderia ter sido feito para promover o comércio e as relações bilaterais entre o Brasil e África e abordou a importância da divulgação de informações e de visitas mútuas para fomentar um melhor entendimento das oportunidades comerciais entre os dois continentes.
“Divulgação de informação é a primeira”.
Destacou Rômulo, sublinhando a necessidade de os empresários brasileiros ganharem consciência do potencial do mercado africano. Ele relembrou também a importância das visitas de empresários brasileiros a África para que possam avaliar de perto as oportunidades disponíveis.
Lembrou também que muitos empresários brasileiros, ainda preferem investir na Europa em vez de África, apesar da maior competição e dos custos mais elevados associados à entrada no mercado europeu.
Rômulo também partilhou a sua experiência na Etiópia, onde observou que empresas gaúchas estavam a internacionalizar-se para África, possivelmente devido à dificuldade de competir no mercado interno brasileiro, especialmente contra empresas de São Paulo.
Ele sugeriu que, para muitas empresas brasileiras, explorar o mercado africano pode ser mais vantajoso do que competir no mercado europeu, mas isso requer dos empresários do Brasil, um entendimento mais profundo e visitas directas ao continente africano.
“O empresário brasileiro precisa conhecer a África, precisa visitar, precisa conversar com quem está na África”.
Resumiu Rômulo, destacando a importância de um processo gradual de educação do empresariado brasileiro para que as empresas brasileiras possam aproveitar as oportunidades disponíveis no continente africano.
E foi desta forma que Rômulo Neves encerrou a entrevista, agradecendo a oportunidade proporcionada pela revista Mais Afrika, em efectuar esta entrevista e, expressando a sua esperança, de que as discussões sobre as relações entre o Brasil e África continuem a avançar promovendo um maior entendimento e cooperação entre os dois continentes.
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Imagem: © 2024 Francisco Lopes-Santos