Visita do Papa a África pode ajudar a matar a fome.
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Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a viagem do Papa a África é “significativa” para milhões de pessoas que passam fome. A visita desta semana à República Democrática do Congo (RDC) e ao Sudão do Sul faz sobressair a emergência alimentar dos congoleses que requer US$ 627,3 milhões de ajuda este ano. No entanto, a ONU cortou os apoios devido à falta de fundos.
Grande potencial
Kinshasa, a capital da RDC, foi a primeira paragem, onde na primeira missa realizada pelo Papa Francisco, estiveram presentes, segundo as autoridades, mais de 1 milhão de pessoas. Para o diretor do PMA no país, Peter Musoko, essa é a prova de que o Papa chamará a atenção para a situação de milhões de vítimas da fome.
A nação africana tem um grande potencial para produzir alimentos e empregar os jovens. Mesmo assim, mais de 26 milhões de pessoas enfrentam fome severa no país. A agência da ONU lançou um apelo de US$ 627,3 milhões para uma resposta imediata.
Segundo o PMA, a RDC e o Sudão do Sul estão entre os países mais frágeis do mundo. Ambos enfrentam efeitos arrasadores dos confrontos e a construção da paz. O ambiente de agitação projetou a fome “a níveis alarmantes e às vezes catastróficos”.
Quatro anos de inundações
O Papa Francisco deve reunir-se com pessoas deslocadas por conflitos e desastres naturais. No Sudão do Sul, centenas de milhares de famílias sofrem com os efeitos de quatro anos consecutivos de cheias. O Sudão do Sul é um dos países que estão na linha de frente da crise climática.
Ali, dois terços dos 12 milhões de sul-sudaneses passam fome. Mas por causa da falta de fundos e da crise global, o PMA teve de reduzir o número de rações alimentares até mesmo entre os que mais sofrem com a fome.
De acordo com a diretora do PMA no Sudão do Sul, Mary-Ellen McGroarty, o conflito e a insegurança alimentar estão intimamente ligados. A sua esperança é que a visita do Papa Francisco dê um impulso “bastante necessário” ao processo de paz.
Potencial
A chefe da agência da ONU no país, destacou que as necessidades continuam a superar os recursos e a paz é um pré-requisito crítico para prevenir a fome, construir a segurança alimentar futura e liberar todo o potencial nacional.
Para o PMA, a visita do papa é extremamente significativa para muitos na nação de maioria católica, onde a igreja tem participação ativa na construção da paz e da reconciliação em regiões onde ocorrem confrontos.
Conclusão
Apesar das suas vastas reservas minerais, a RDC é um dos países mais pobres do mundo, com quase dois terços de sua população, segundo o Banco Mundial, a viverem com menos de 2,15 dólares por dia.
Nos últimos meses, o leste da RDC tem sido palco de um recrudescimento da violência, sobretudo na fronteira com o Ruanda, uma zona com subsolo rico em coltan, fundamental para a indústria de equipamentos eletrónicos, onde existem mais de 100 grupos armados ativos, nomeadamente o Movimento 23 de Março (M23) que ocuparam partes do território oriental da província de Kivu do Norte.
Espera-se que no seu último discurso, na presença de representantes de instituições beneficentes, o Papa apele à ajuda internacional, antes de, na sexta-feira, viajar para Juba, capital do Sudão do Sul, onde fará um apelo pela paz nesse país em conflito.
São votos de Mais Afrika que a sua voz seja ouvida e que assim se dê o início do fim desta fome e miséria, não só nestes dois países, como também no resto de África.
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Imagem: © 2023 Vatican Media