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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Cimeira UA: Lula Da Silva Compara Gaza A Holocausto Nazi

“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio" - Lula da Silva.

Cimeira UA: Lula Da Silva Compara Gaza A Holocausto Nazi


Nesta 37ª Cimeira da União Africana, o presidente brasileiro, Lula da Silva, causou controvérsia ao comparar as ações militares de Israel em Gaza com o Holocausto nazi, promovido por Adolf Hitler no século XX.

As suas declarações acusatórias foram proferidas em Adis Abeba, durante a cimeira da União Africana (UA), onde Lula da Silva associou as operações militares israelitas ao extermínio de judeus, enfatizando a acusação de genocídio contra Israel.

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Paralelo entre Gaza e o Holocausto

O presidente Lula da Silva afirmou categoricamente:

“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio”.

“O que está a acontecer na Faixa de Gaza com o povo palestiniano (…) já aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus”.

Com estas palavras, o líder brasileiro denunciou veementemente as operações militares israelitas, argumentando que a situação não se trata de um confronto entre exércitos, mas sim de um ataque desproporcional contra mulheres e crianças indefesas.

Além de criticar as ações de Israel, Lula da Silva também condenou os ataques perpetrados pelo movimento islamita Hamas, classificando-os como actos terroristas. O contexto da guerra foi desencadeado por um ataque do Hamas ao Sul de Israel, seguido por uma ofensiva de retaliação por parte de Israel na Faixa de Gaza.

Estes eventos resultaram em um elevado número de vítimas civis, mais de 28.000, até ao momento, sendo que mais de metade são de mulheres e crianças, o que alimenta ainda mais a discórdia e a escalada do conflito.

 

As Criticas a Lula da Silva

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reagiu de forma enérgica às declarações de Lula da Silva, considerando que comparar os actos de Israel, ao Holocausto nazi, é ultrapassar os limites do aceitável. Netanyahu reafirmou o compromisso de Israel com a sua defesa e com o cumprimento do direito internacional, argumentando que as declarações do presidente brasileiro são infundadas e desrespeitosas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, expressou o seu desagrado com as declarações de Lula da Silva, considerando-as vergonhosas e graves. Além disso, convocou o embaixador do Brasil em Israel para uma reunião de urgência. Por sua vez, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, criticou Lula da Silva por apoiar o Hamas, considerando-o uma organização terrorista.

As principais entidades israelitas no Brasil também se juntaram à condenação das declarações de Lula da Silva, considerando-as extremas e desequilibradas. O Governo de Israel reiterou o seu compromisso com a segurança e a defesa do seu povo, repudiando veementemente qualquer tentativa de equiparar as ações do Estado judaico ao ocorrido durante o Holocausto nazi.

 

As Relações Bilaterais África-Brasil

Para além das questões relacionadas com o conflito em Gaza, Lula da Silva aproveitou a sua participação na cimeira da UA para discutir relações bilaterais com outros líderes africanos. Dialogou com o Presidente do Quénia, William Ruto, sobre o potencial de desenvolvimento agrícola e energético do continente africano, bem como possíveis parcerias com o Brasil.

Com o líder da Nigéria, Bola Tinubu, abordou-se a necessidade de fortalecer as relações comerciais e promover voos directos entre os dois países. E, com o presidente da Líbia, Mohamed al-Menfi, foram debatidas questões relacionadas com a estabilidade política do país e o interesse em estreitar os laços com o Brasil.

Num contexto mais amplo, Lula da Silva defendeu a reorganização das instituições multilaterais, advogando pelo reforço da presença dos países do Sul global. Para ele, a criação de uma nova forma de governo global é essencial para enfrentar os desafios do século XXI, sendo a multipolaridade um elemento fundamental neste processo.

O líder brasileiro relembrou que sem a participação activa dos países em desenvolvimento, não será possível abrir um novo ciclo de crescimento económico sustentável, com redução das desigualdades e preservação ambiental.

 


Conclusão

As controvérsias em torno das declarações de Lula da Silva e da resposta de Netanyahu destacam a sensibilidade das questões geopolíticas e históricas envolvidas no conflito israelo-palestiniano. Enquanto ambos os líderes defendem as suas perspectivas, é fundamental que o diálogo construtivo e o compromisso pela procura de soluções pacíficas prevaleçam, a fim de evitar uma escalada ainda maior de tensões e conflitos na região.


 

Imagem: © 2024 Ricardo Stuckert
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