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Quarta-feira, Junho 18, 2025

Animais Fantásticos de África (Parte III)

África continua a ser um continente desconhecido onde o silêncio esconde segredos ancestrais e os sonhos se tornam em aventuras. É um continente enigmático que convida à imaginação, desafiando a lógica com cada suspiro do vento. Mergulha agora neste universo, onde o passado e o presente se entrelaçam num enigma sem fim e fica a conhecer os mistérios dos “Animais Fantásticos de África” (Parte III).

Animais Fantásticos de África (Parte III)


África, continente onde o mito e a realidade se entrelaçam nas sombras das florestas e nas profundezas dos rios, esconde criaturas que desafiam a ciência. Enquanto noutros continentes os “animais fantásticos” são explorados como atracção, aqui eles permanecem segredos guardados a sete chaves pelas comunidades locais.

Esta série, em 4 partes, sobre os Animais Fantásticos de África, mergulha nos criptídeos (1) africanos – seres cuja existência é testemunhada, mas até agora não comprovada pela ciência tradicional.

Da bacia do Congo às savanas do Quénia, vamos desvendar lendas ancestrais e investigações modernas que questionam os limites do conhecido. Nesta Parte III, vamos revelar os gigantes mais enigmáticos.

Prepara-te para uma viagem pela surpresa e pelo inexplicável que só poderia acontecer nesta “Africa Desconhecida”.


Parte 3: Gigantes das Florestas e das Savanas


Mokele-mbembe

Imagem © 2021 Francisco Lopes-Santos (20250603) Animais Fantásticos de África (Parte III)
Mokele-mbembe

O Mokele-mbembe, em Lingala: mókɛlɛ ᵐbɛ́ᵐbɛ, “aquele que interrompe o fluxo dos rios” (2), é um animal aquático que, supostamente, vive ou viveu na Bacia do Rio Congo, ao redor dos rios Ikélemba, Sangha e Ubangui e no Lago Tele, é descrito como um animal muito grande, com um pescoço longo, uma cabeça pequena e uma cauda longa (3) (4).

A partir das descrições e de desenhos, feitas por quem supostamente o terá visto, postula-se que possa ser um animal aparentado aos Sauropodomorpha (5).

Durante o início do século XX, as descrições do Mokele-mbembe refletiram cada vez mais o fascínio do público sobre os dinossáurios, incluindo aspectos de determinadas espécies de dinossauros agora conhecidas entre os cientistas como sendo incorrectos e a entidade tornou-se cada vez mais descrita ao lado de uma série de dinossauros que supostamente vivem em África (6).

Nos últimos anos, o Mokele-mbembe tornou-se um dos mais famosos criptídeos do mundo, ficando a par do Pé Grande (Bigfoot), do monstro do Loch Ness e do Yeti. Os primeiros avistamentos por ocidentais datam de 1916, no entanto foram reportadas possíveis pegadas em meados do século XVIII. Os avistamentos mais significativos ocorreram nos anos de 1932, 1935 e 1959.

Mas os avistamentos, não se ficaram por aí. Tem havido várias expedições a partir da década de 1980 onde, apesar de não se ter conseguido adquirir nenhuma prova fiável da existência do Mokele-mbembe, todas elas trouxeram dados novos a lume.

O relato mais antigo do Mokele-mbembe data da segunda metade do século XVIII e foi registado por Liévin-Bonaventure Proyart em 1776:

“Os missionários observaram, ao passarem pela floresta, o rastro de um animal que não viram, mas que devia ser monstruoso: as marcas das suas garras ficaram gravadas na terra e compunham uma pegada de cerca de três pés de circunferência (0.9 m). Ao observar a disposição dos seus passos, foi reconhecido que ele não estava a correr e a sua passada tinha uma distância de sete a oito pés (2 a 2,5 m) (7) (8)”.

Em 1932, Ivan T. Sanderson afirmou ter avistado o Mokele-mbembe, no rio Mainyu, junto com o seu amigo Gerald Russell (9). Em 1935 um nativo chamado Firman Mosomele afirmou ter tido um encontro traumático com o Mokele-mbembe em um rio perto de Epena, na região de Likouala, no nordeste da República do Congo.

Ele estava sozinho em um pequeno barco quando viu um animal com um longo pescoço com cerca de um metro e oitenta e uma cabeça pequena. Quarenta e cinco anos depois, Roy P. Mackal e James Powell entrevistaram Mosomele e mostraram-lhe uma série de desenhos de vários animais ao que ele prontamente, apontou para o desenho de um saurópode (10) (11).

Mas provavelmente, o avistamento mais interessante do Mokele-mbembe ocorreu em 1959, quando um grupo de pigmeus, matou um Mokele-mbembe no Lago Tele. Essa história é considerada bastante fidedigna, pois foi relatada pelo pastor Eugene Thomas que tinha uma missão apostólica junto dos pigmeus, sendo considerado uma pessoa séria e que tinha a confiança deles (12).

O relato da história, foi recolhido pelo explorador William Gibbons quando efectuou a sua primeira viagem ao Congo. Em 1959, os pigmeus que viviam na floresta da região do Lago Tele (a tribo Bangombe) pescavam diariamente no lago próximo aos Molibos, ou canais de água situados na extremidade norte do lago.

Esses canais fundem-se com os pântanos e eram usados pelos Mokele-mbembes para entrar no lago para se alimentarem da vegetação. Essas excursões diárias dos animais perturbavam as actividades de pesca dos pigmeus. Por fim, os pigmeus decidiram erguer uma barreira de estacas ao longo do Molibo para evitar que os animais entrassem no lago.

Quando dois dos animais tentaram passar a barreira, os pigmeus atacaram-nos com lanças, matando um deles. Depois de morto, cortaram-no em pedaços, o que levou vários dias devido ao tamanho do animal. Mais tarde, fizeram uma festa de vitória e cozinharam partes do animal. No entanto, todos os que comeram a carne do animal, acabaram por morrer, provavelmente de intoxicação alimentar (13).

Em 1981, aquando da sua primeira expedição ao Congo, Roy P. Mackal, ouviu a história e procurou confirmar se essa narrativa teria de facto acontecido. Ao entrevistar vários pigmeus, eles afirmaram que era verdade, mas como a carne era venenosa, morreram várias pessoas que a comeram, pelo que a partir daí, nunca mais foi caçado (14).

De todas estas expedições os próximos relatos são os mais notórios. A 4 de Novembro de 1981, Herman Regusters, durante uma expedição ao Lago Tele em busca do Mokele-mbembe, ouviu e gravou um rosnado estranho, até hoje, não identificado com nenhuma espécie conhecida (15).

Noutra expedição, efectuada pelo zoólogo Marcellin Agnagna, em 1983, foi filmado um animal com um pescoço comprido a nadar no Lago Tele, mas o filme era de baixa resolução e provou ser inútil para uma posterior avaliação (16).

Em Setembro de 1992, uma equipe de filmagem japonesa liderada por Tatsuo Wantanabe gravou um vídeo de quinze segundos do que acreditam ser um Mokele-mbembe a cruzar o Lago Tele (17).

As suas pegadas, também são completamente diferentes de qualquer outro animal da África Central (18). São parecidas com as do hipopótamo, mas maiores do que as dos elefantes, têm pelo menos 30 centímetros de diâmetro com apenas três dedos, cada dedo, com uma garra (19).

As fotografias existentes dessas pegadas também as mostram bastante profundas no solo, sugerindo que foram feitas por um animal muito pesado. Além disso, também se diz que o Mokele-mbembe deixa para trás um sulco, como aquele feito por uma grande cobra ou por uma roda de carroça, quando sai da água, provavelmente causado por uma longa cauda (20).

Embora seja um animal essencialmente anfíbio e quase sempre visto em rios e lagos, diz-se que vive na floresta e só entra na água para se alimentar dos frutos das lianas do malombo (Landolphia mannii e Landolphia owariensis, das quais se alimenta em exclusividade) (21).

Diz-se que vive sozinho ou em pares e é mais frequentemente visto no início da manhã e no final da tarde (22). A maioria dos avistamentos ocorre durante a estação seca, provavelmente por o Mokele-mbembe se ter de se deslocar dos seus territórios habituais, à procura de comida (23).

A procura do Mokele-mbembe, dura até aos dias de hoje. Foram efectuadas várias excursões por canais de TV sobre vida selvagem, na tentativa de o filmarem, tais como a BBC (24) e o Discovery Africa e até de cientistas, como a ocorrida em Agosto e Setembro de 2018, liderada por Lensgreve de Knuthenborg e Adam Christoffer Knuth.

Estes cientistas, levaram com eles uma equipe de filmagem da DR (25) e um investigador de DNA (26) que viajaram até ao Lago Tele no Congo, para tentarem encontrar o Mokele-mbembe. Apesar de não o terem encontrado, a expedição não foi em vão, descobriram uma nova espécie de alga verde até agora desconhecida da ciência (27) (28).

O mistério do “Lock Ness africano”, perdura (29). Já se fizeram mais de 50 expedições e nada… muitos cépticos duvidam que o Mokele-mbembe exista de facto, mas… enquanto se procura em África, por provas sobre a sua existência, talvez fosse mais fácil fazê-lo dentro de casa.

Imagem © 2021 Francisco Lopes-Santos (20250603) Animais Fantásticos de África (Parte III)
Escultura em madeira de um provável avistamento de um Mokele-mbembe

Existe um artefacto em madeira, com 15 cm de altura originário da região do Congo e que retracta claramente um animal de origem pré-histórica lembrando um provável Apatossauro. Acredita-se que esta escultura seja uma representação fidedigna do Mokele-mbembe, efectuada por um nativo que o terá visto.

Este curioso artefacto, encontra-se presentemente na Glencomeragh House, no condado de Tipperary na Irlanda, propriedade da Societas a Charitate Nuncupata (30).

Os actuais Irmãos não sabem em que data ela foi adquirida, mas garantem que será anterior aos anos 1950, altura em que os Padres Missionários Rosminianos tinham uma missão no Congo, o que significa que a escultura é anterior ao interesse dos ocidentais pelo Mokele-mebenbe, como tal, exclui-se a hipótese de ela ter sido efectuada para agradar a um mercado específico.

Pode-se por isso concluir que, mesmo não se tendo encontrado na natureza provas concretas da sua existência, o Mokele-mbembe não é uma figura saída da imaginação de exploradores ocidentais, ávidos de encontrarem algum dinossáurio moderno, mas sim um verdadeiro animal que se esconde na natureza, fugindo até ao momento à sua correcta identificação e classificação (31).

Mngwa / Nunda


Imagem © 2021 Francisco Lopes-Santos (20250603) Animais Fantásticos de África (Parte III)
Mngwa / Nunda

Mngwa (“o estranho”) é o nome que os Swahili usam para designar um feroz predador felino que pode ser encontrado no antigo território da Tanganica na África Oriental, agora Tanzânia. Um nome alternativo para o animal é Nunda (“animal feroz”). No vizinho Uganda, ao norte da Tanzânia, é conhecido por Ndalawo (“leopardo das sombras”).

Seja qual seja o nome utilizado, estão todos de acordo em uma coisa. É reconhecido como sendo um felino mortífero para os homens.  As testemunhas que viram o Mngwa e sobreviveram para contar a história, descrevem-no como sendo um felino grande, tão grande como um burro e pelo cinzento com listras, como as de um gato malhado.

No Uganda, dizem que caçam pessoas em grupos de três ou quatro juntos. Os Swahili, conhecem o Mngwa há séculos. A primeira menção conhecida a um Mngwa aparece em uma canção de guerra Swahili, escrita no ano 1150.

A primeira menção conhecida de um ocidental foi efectuada pelo autor britânico Edward Steere no seu livro Swahili Tales (1870), referindo que também era conhecido por “gato Nunda, comedor de homens” e onde conta a história do Sultão Majnún, a quem ofereceram um gato que, com o tempo, começou a ter proporções enormes.

Vários conselheiros disseram-lhe para matar o gato, mas ele recusou sempre, até que um dia o gato fugiu e matou 3 dos seus filhos levando a que o sultão afirmasse que aquela besta não era um gato era um Nunda e ordenou ao seu filho mais novo que o matasse. Ele assim fez, reuniu um batalhão que procurou o animal e o matou.

Aparentemente, esta história teve um final feliz, mas muitos outros relatos, tiveram conclusões muito diferentes. O capitão William Hichens, magistrado na aldeia de Lindi, Tanganica, em 1922, publicou um artigo relatando a sua experiência com o Mngwa, durante uma série de ataques à aldeia onde estava estacionado.

Era costume os comerciantes nativos deixarem os seus pertences no mercado da aldeia todas as noites, prontos para o comércio da manhã; e para evitar roubos e também para impedir que nativos perdidos dormissem no mercado, um askari (um polícia nativo) revezava-se com dois outros para vigiar o mercado em turnos de quatro horas.

Quando ia substituir o turno da meia-noite, um desses polícias ao aproximar-se do local em que o seu colega deveria estar, deu conta de que este tinha desaparecido. Depois de efectuar uma busca, encontrou-o terrivelmente mutilado, debaixo de uma tenda. O homem correu em pânico para me acordar e reportar o sucedido.

O magistrado referiu que foi prontamente ao mercado ver o que se tinha passado e descobriu o que era óbvio que o askari tinha sido atacado e morto por algum tipo de felino de grande porte – um leão, ao que parecia.

Na mão da vítima estava presa uma massa emaranhada de cabelos acinzentados, como que saídos da crina de um leão após uma luta violenta. Mas segundo o magistrado, o que o surpreendeu foi que naqueles anos todos em que serviu em Linde, nunca teve conhecimento de nenhum leão ter entrado na cidade (32).

Hichens, achou estranho, não só o facto de não ter conhecimento de nenhum ataque de leão naquelas redondezas como por também não conhecer nenhum com aquela pelagem e resolveu investigar a situação mais a fundo. Após várias averiguações, encontrou testemunhas que afirmavam ter visto um gato do tamanho de um burro a rondar a aldeia.

Reparou também que uma das a canções de guerra Swahili mencionava a existência de três diferentes tipos de felinos o Leão (Simba), o Leopardo (Nsui) e o Mngwa, o que prova que eles sabiam distinguir perfeitamente as diferenças entre uns e outros (33).

Em 1954, o naturalista romântico Frank W. Lane escreveu na Nature Parade, sobre uma entrevista que fizera ao caçador Patrick Bowen que alegou ter uma vez perseguido um espécime de Mngwa.

Bowen observou que as pegadas do Mngwa eram como as do leopardo, mas muito maiores e que tinha pelo tigrado e de cor cinza, visivelmente diferente de um leopardo.

Não tem havido recentemente, noticias de avistamentos ou ataques do Mngwa, o que pode significar uma de duas coisas, ou o animal, entretanto foi extinto ou, pode-se dever ao facto de haver pouco interesse no seu estudo, pois a grande maioria dos naturalistas acham que os relatos do animal se referem a estranhas mutações de espécies já conhecidas (34).

Ninki Nanka


Imagem © 2021 Francisco Lopes-Santos (20250603) Animais Fantásticos de África (Parte III)
Ninki Nanka

O Ninki Nanka é uma criatura lendária recorrente no folclore da África Ocidental. As descrições da criatura variam, mas a maioria afirma que o animal é reptiliano e possivelmente semelhante a um dragão. O animal é considerado extremamente grande e muito perigoso.  Os vários avistamentos do Ninki Nanka ocorreram em regiões pantanosas dos rios da Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné e Senegal (35).

Uma das primeiras descrições efectuadas do Ninki Nanka surgiu em 1934, apontava-o como sendo um enorme monstro reptiliano “que sai à noite da lama e do limo dos mangais e devora tudo o que encontra” (36).

Em 1935, foi descrito ao Dr. Thomas Hardie Dalrymple, como sendo um animal que vivia principalmente submerso na lama dos mangais, só saindo em noites de luar. Com “focinho de cavalo, pescoço como o de uma girafa, corpo como um crocodilo e cerca de 10 m de comprimento”.

Dalrymple escreveu que quando alguns habitantes da Gâmbia viram uma fotografia de uma estátua de um dinossáurio, alegaram com entusiasmo que “um homem branco havia fotografado o Ninki Nanka” (37).

De acordo com uma pesquisa da década de 1940, os adultos vivem na água, enquanto os bebés vivem em imbondeiros (baobás) e os avistamentos ocorriam principalmente no início da estação das chuvas. Foi amplamente considerado perigoso (38) e era sempre descrito como tendo três chifres incomuns, incluindo um na testa.

No ano de 2000, um gambiano entrevistado por Matthew Hall desenhou o Ninki Nanka como “uma espécie de dragão”, um animal de pescoço comprido, pernas pequenas e corpo grande. E afirmou que é conhecido por controlar a água e causar inundações (39).

Quando Chris Moiser investigou o Ninki Nanka no ano de 2000, encontrou diferentes atitudes em relação ao monstro, na área urbana da Gâmbia. O recepcionista do hotel Mandinka, hotel onde ficou alojado, considerava-o um mito e os joalheiros locais vendiam bugigangas relacionadas ao Ninki Nanka, no entanto, um taxista Wolof (40) e uma professora do liceu, consideravam-no um animal real, muito assustador e claramente tabu (41).

Pouco depois, Matthew Hall foi informado por um homem da Gâmbia que o Ninki Nanka já existia há muito tempo, mas agora estava extinto. Outra pessoa contestou essa informação, alegando que o Ninki Nanka ainda existia, mas era visto muito raramente (42).

De acordo com várias descrições em segunda mão reunidas pelo Center for Fortean Zoology em 2006 (43) (44), o Ninki Nanka é “enorme e terrível”, tem quatro pernas e uma cabeça horrível, sendo um animal semelhante a um crocodilo, com cabeça e dentes diferentes e olhos grandes.

Ou é um enorme animal parecido com um píton com pernas, asas de morcego e a capacidade de cuspir fogo, “inimaginavelmente enorme”, com um corpo coberto de escamas brilhantes e uma crista de fogo na cabeça ou ainda um animal parecido com uma cobra com uma cabeça de canguru.

Um homem afirmou que poderia crescer até o tamanho de uma palmeira de 18m e que, à medida que cresce, move-se para o mar.

A única testemunha ocular que pôde ser encontrada, descreveu o Ninki Nanka em primeira mão, como sendo um animal de 20m que não tinha nem pernas nem asas, coberto de escamas reflexivas, com uma crista semelhante a uma pena pendurada sobre o focinho de um cavalo e que teria saiu de um buraco no chão.

Dois relatos em segunda mão descreveram-no como tendo algo semelhante a uma crista e foram mencionadas com frequência, escamas semelhantes a espelhos (98).

Em 2008 no episódio 13 da série 2 de Destination Truth (45), em que tentaram encontrar evidencias do suposto “dragão” Ninki Nanka e da misteriosa Kikiyaon, concluíram não haver nenhum tipo de provas da existência do Ninki Nanka.

As únicas “supostas provas”, umas escamas que lhes foram dadas por um caçador, alegando que seriam escamas do “misterioso dragão” depois de analisadas por um especialista em DNA, provaram ser apenas escamas normais de peixe, pelo que concluíram que se de facto o animal existiu, de momento estaria extinto (46).

Richard Freeman, o director do Centre for Fortean Zoology, teorizou que o Ninki Nanka era a memória de “alguma forma de cobra enorme que pode ter existido em tempos passados, mas que agora está extinta na Gâmbia”, podendo, no entanto, existir em outras partes de África.

Com o passar dos anos, esta cobra extinta ter-se-ia tornado em um tipo de criatura bicho-papão, possivelmente demonizada pelo aparecimento do Islão (47).

Por outro lado, Dale A. Drinnon teoriza que o Ninki Nanka pode ser uma espécie de Sivatherium (48), tal como o Ocapi que tenha sobrevivido até aos nossos dias, especialmente devido à descrição da sua cabeça semelhante à de um cavalo ou de uma girafa com chifres incomuns.

Apesar de se ponderar que o Niki Nanka possa estar extinto, isso não significa que o esteja de facto, até porque a grande dificuldade, sem existirem provas concretas do mesmo, será perceber que tipo de animal ele será na realidade.

Se as várias investigações em torno do Niki Nanka, tivessem chegado a algum tipo de consenso, poderíamos claramente excluir a fantasia da realidade e descobrir que tipo de animal ele foi ou será.

No entanto, apesar de todas as investigações, até ao momento, não terem conseguido conclusivamente decifrar o mistério do Niki Nanka, uma coisa é certa, na memória colectiva das várias tribos da região, ele está bem vivo.

Urso Nandi


Imagem © 2021 Francisco Lopes-Santos (20250603) Animais Fantásticos de África (Parte III)
Urso Nandi

A ciência moderna nega a existência de qualquer tipo de urso selvagem em África. A única espécie conhecida do continente, o Urso-atlas, era uma subespécie do urso-pardo comum que habitava as montanhas do Atlas no norte da África, passando por Marrocos, Argélia e Tunísia. Esse urso foi caçado até à exaustão, tendo caçadores marroquinos morto o último espécime selvagem conhecido em 1870 (49).

No entanto, apesar de não existir nenhum tipo de urso conhecido na região do Quénia, são reportadas constantemente, histórias assustadoras de um predador chamado Urso Nandi (50) também conhecido como Chemisit ou Kalenjin (demónio) (51) (52).

Embora as descrições da criatura variem, com algumas testemunhas desenhando uma feroz hiena enquanto outras descrevem um babuíno gigante, todos os que conhecem o Urso Nandi concordam que este é um caçador impiedoso que ataca tanto animais como humanos.

O primeiro relato por um ocidental de um Urso Nandi veio da região de Uasin Gishu, no Quénia, na província do Vale do Rift. O explorador britânico Geoffrey Williams viu a criatura em 1905, mas não publicou o seu relatório até que surgiram mais avistamentos em 1912. Ele escreveu no Jornal da África Oriental e Sociedade de História Natural de Uganda, o seguinte:

“Em tamanho, era, devo dizer, maior do que os ursos que vivem no “Zoo” e tinha uma constituição pesada. Os quartos dianteiros eram de pelo muito grosso, assim como todas as quatro patas, mas os quartos traseiros eram comparativamente lisos ou nus. A cabeça era longa e pontiaguda exactamente semelhante à de um urso, bem como o resto do animal. Não me recordo claramente das orelhas, além do fatco de que eram muito pequenas e a cauda, se alguma tinha, era muito pequena e praticamente imperceptível. A cor era escura dava a impressão de ser mais ou menos tigrado, como um gnu, mas isso pode ter sido efeito da luz”(53).

Quando Williams mostrou um livro de ilustrações de animais aos aldeões Nandi, pedindo-lhes que escolhessem uma imagem da criatura, todos seleccionaram imagens de ursos pardos.

O antropólogo britânico C.W. Hobley recolheu, em 1912, vários relatórios do Urso Nandi no distrito de Uasin Gishu, descrevendo uma criatura negra com 4,5 m e que se movia com “uma espécie de passo arrastado” como um urso (54).

Em Março de 1913, trabalhadores e engenheiros da Magadi Rail, a primeira linha ferroviária privada do Quénia, preencheram mais relatórios sobre avistamentos de ursos Nandi. A descrição mais detalhada, foi a de um engenheiro chamado Hiekes.

“Parecia tão alto quanto um leão. Era de cor parda semelhante a um leão de juba negra com pelo comprido muito desgrenhado. O corpo era esguio e espesso, de cernelha alta [ombros], pescoço curto e nariz atarracado” (55).

Enquanto isso, C. W. Hobley publicou a descrição de um Koddoelo (nome que o povo Pokomo dá ao Urso Nandi) morto perto de Ngao, no distrito de Tana River, depois de ter aterrorizado os moradores.

Testemunhas no local, disseram que a criatura era “do tamanho de um homem, às vezes com quatro patas, às vezes com duas, em geral como um babuíno enorme e muito feroz”. Estranhamente, surgiu uma descrição bastante diferente, efectuada no mesmo distrito.

“É um animal de cor clara, pelo comprido no pescoço e nas costas, mais pequeno que um leão, cauda com cerca de 50 cm de comprimento e 10 cm de largura, patas dianteiras muito grossas”.

Esta criatura terá atacado os homens à vista e supostamente matou um rinoceronte perto de Makere, embora Hobley não tenha acreditado na história (56).

Em 1933, o caçador britânico Charles Stoneham publicou um relato sobre os ataques de ursos Nandi na floresta Mau na zona dos Maasai no Quénia, nos distritos de Nakuru e Narok. Segundo Stoneham, os homens referiam que ele descia às aldeias à noite e matava os habitantes nas suas cabanas. Entrava pelo telhado, matava os ocupantes e comia os seus cérebros.

Esta era uma das peculiaridades da besta; comia apenas o cérebro das suas vítimas. As mulheres que apanhavam lenha na floresta desapareciam e, mais tarde, os seus corpos eram descobertos, sempre sem o topo dos seus crânios.

Esse hábito deu ao animal outro nome – Geteit, “comedor de cérebros” – entre os membros da tribo Lumbwa, no Vale do Rift, no Quénia (57). A colono Cara Buxton relatou um caso de 1919, em que um dos predadores matou 67 cabras e ovelhas em fazendas locais. “Em nenhum dos casos os corpos foram tocados”, escreveu ela, “mas em todos, foram comidos os cérebros” (58).

A Chemisit, o nome pelo qual era conhecido outro tipo de Urso Nandi, na região, também era perigosa e não se limitava a comer só os cérebros. O guarda-florestal Blayne Percival descreveu um reinado de terror efectuado por um espécime no distrito de Marakwet pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial em 1914.

Os ataques do diabo foram tão fortes que foram feitos grandes preparativos para o matár e, por fim, ele foi morto por um grupo de homens que colocou um manequim na porta de uma cabana e ficaram lá dentro há esperando do animal chegar para tentar levar o manequim; foi então alvejado com flechas.

Em 1925, outra aldeia sofreu tantas perdas que o seu chefe apelou ao governo queniano por ajuda. A última vítima foi uma menina de 6 anos, arrebatada depois que o monstro forçou o seu caminho por uns cerca de 2,5 metros de espessura.

O capitão William Hichens investigou o caso e estava presente quando a fera voltou à aldeia algumas noites depois e descreveu o caso no Chambers Journal em 1927 (59).

“Eu ouvi o meu cão Desi (60), ganir apenas uma vez, ouvi um barulho de galhos a serem pisados no mato e então um baque, baque, baque, de alguma besta enorme fugindo. Mas esse uivo! Já ouvi meia dúzia de leões a rugir em coro a vinte metros de distância; já ouvi elefante fêmeas a bramir enlouquecidas; já ouvi leopardos presos em grilhetas, tornar as noites silenciosas em agonias ensurdecedoras de rugidos lancinantes. Mas nunca ouvi, nem desejo voltar a ouvir, um uivo como o do Chimiset. Uma trilha de manchas vermelhas na areia, mostrou para onde o meu cão Desi tinha fugido. Ao lado dessa trilha havia pegadas enormes, quatro vezes maiores que as de um homem, onde se via claramente a marca de três enormes dedos com garras, tal com as marcas de trifólio da almofada de um leão, onde pressiona a sola da pata. Mas jamais vi um leão ostentar uma pata como a do monstro que havia feito aquele rastro aterrorizante” (61).

Hichens comandou um grupo de caça atrás da fera ao amanhecer, mas perdeu os rastros e nunca encontrou o seu cão ou o predador que o havia sequestrado (62).

Várias fontes oficiais também registaram informações sobre o Urso Nandi. No Departamento de Caça da Colónia e Protectorado do Quénia de 1932-34, o Capitão FD. Hislop, comissário distrital de Kapsabet, descreveu o avistamento de uma grande criatura parecida com um urso que “não era uma hiena ou um babuíno”.

O mesmo relatório incluiu o relato de Gunnar Anderssen sobre um animal a rugir enquanto matava um javali perto de Kaimosi, descrito como “muito grande, com longos pelos negros e uma cauda como a de um cão” (63) (64).

Charles Stoneham, reportou o gosto do Urso Nandi por cérebros e também viu uma das feras perto do rio Kipsanot. Ele escreveu:

“Era do tamanho de um leão, mas os seus movimentos eram diferentes dos passos largos de Simba. A relva batia-lhe na pança e mantinha a cabeça mais baixa que o corpo, parecia ter uma cauda enorme, tinha uma enorme cabeça quadrada e o focinho de um porco; os seus olhos eram duas manchas pretas e fixaram-se em mim com um olhar observador. O corpo da criatura estava coberto de pelos castanhos e a sua cauda era do tamanho de um ramo de árvore”(65).

O último relato de um contacto directo com o Urso Nandi data de 1960, quando o engenheiro Angus McDonald foi despertado do seu sono em Kipkabus, no Quénia, por uma criatura que invadiu a sua cabana por uma janela e o perseguiu por cinquenta minutos.

McDonald disse que tinha 2,10 m de altura, tinha o rosto de um macaco e que andava tão bem com quatro ou duas pernas. As suas pegadas eram redondas, os habitantes da vila identificaram a criatura como sendo um Chemisit (66).

O último avistamento conhecido do Urso Nandi, ocorreu em Fevereiro de 1998, quando o engenheiro Dennis Burnett e a sua esposa Marlene, iam no seu carro ao longo da estrada Koru-Kisumu na base da Escarpa Nandi, sob chuva intensa, viram um grande animal cruzar a estrada.

Depois de fazer marcha à ré no carro, o casal observou o animal por cerca de quinze segundos. Embora inicialmente o tenham confundido com um urso, rapidamente concluíram que era “uma hiena enorme e peluda – como uma hiena-malhada, só que muito maior” (67).

O Que é De Facto o Urso Nandi?


Ora…  Se em África não existem ursos vivos e nenhum urso conhecido pela ciência tem uma cauda longa e robusta, o que é o Urso Nandi?  Diferentes autores sugeriram várias opções:

  • Um Oricterope, vulgo Porco-formigueiro (68) que se assemelha à besta vista por Stoneham e pode atingir um comprimento de 2,10 m. No entanto, o Oricterope alimenta-se quase exclusivamente de formigas e térmitas. Não são ferozes e são fisicamente incapazes de devorar animais vivos ou seres humanos.
  • Um Texugo-do-mel altamente desenvolvido, um membro agressivo da família das doninhas cuja área de distribuição inclui a maior parte de África. Os texugos são predadores ferozes, mas o maior já registado tinha 1,2 m de comprimento, 30 cm de altura. No entanto, não se conhece nenhum texugo capaz de saltar paliçadas com uma criança nas suas mandíbulas.
  • Uma Hiena-malhada, a maior das três espécies vivas de hiena, cujo maior espécime registado media 1.8 m de comprimento e pesava 90 kg. Embora sejam principalmente conhecidas como necrófagas, as hienas às vezes caçam presas vivas e invadem as casas das aldeias para atacar humanos adormecidos. As suas poderosas mandíbulas exercem quase 500 kg de força e já foram reportadas mortes humanas. Uma hiena raivosa matou nove pessoas e feriu outros 15 no Malawi em Junho de 2005. E, em Novembro de 2007, uma matilha de hienas matou um caçador queniano em Samburu.
  • Algum espécime sobrevivente de Pachycrocuta (hienas pré-históricas), uma espécie que se podia encontrar da África à América do Norte durante as épocas do Plioceno Médio e Pleistoceno Médio. Presumida extinta há 400.000 anos, essas criaturas tinham 1,7 m de comprimento por 1 m de altura e pesavam cerca de 90 kg. Caçavam animais de grande porte e as suas mandíbulas eram capazes de esmagar ossos de elefante.
  • Um Urso Desconhecido. Diz-se que o Urso Nandi tem muitas qualidades semelhantes às dos ursos, os seus traços faciais e pegadas correspondem aos dos ursos conhecidos e relatos também dizem que ele é capaz de ficar em pé nas patas traseiras, outra característica dos ursos conhecidos. O Urso Nandi também pode escalar árvores, para esperar a passagem de uma possível vítima. As características físicas do Urso Nandi têm alguma semelhança com as do extinto Urso Atlas, no entanto, a distância das Montanhas Atlas e a falta de registos fósseis na área tornam essa teoria altamente improvável.
  • Um Babuíno Gigante, a tribo Nandi frequentemente descreve o Urso Nandi como um babuíno grande como um primata. Mark A. Hall e Loren Coleman concordam que o Urso Nandi pode ser uma forma de babuíno desconhecido, possivelmente outro sobrevivente pré-histórico. Os fósseis indicam que um babuíno gigante com o dobro do tamanho dos babuínos modernos já viveu em África e um babuíno grande seria capaz de efectuar os ataques descritos do Urso Nandi. Os babuínos também podem ficar em pé e subir às árvores, uma das qualidades reportadas do Urso Nandi.

No entanto, apesar de existirem centenas de avistamentos feitos por ocidentais e muitos relatos de que a população local já por várias vezes tenha morto o animal, não há, até ao presente, evidências físicas de que o Urso Nandi exista.

De facto, já em 1961, Gardner Soule observou que foram reportados avistamentos no Quénia do Urso Nandi ao longo do século 19 e no início do século 20, mas “nunca foi capturado ou identificado” (69).

Entretanto, os avistamentos do Urso Nandi diminuíram com o tempo. Em 1957, Richard Meinertzhagen especulou que o Urso Nandi poderia ter sido um “macaco antropóide agora extinto por conta da diminuição das chuvas” (70). Seja qual seja a opção, o facto é que existiu ou ainda existe um animal desconhecido que aterrorizou as populações locais durante dezenas de anos

A provável razão para que os avistamentos ou ataques tenham desaparecido, poderá ter a ver com o facto de o Urso Nandi se ter tornado mais arisco e ter começado a evitar encontros com seres humanos, algo que se tem vindo a verificar com outro tipo de predadores selvagens.


A Parte IV


Estes gigantes desafiaram a extinção e alguns “mitos” já caíram perante a ciência, por isso, quem sabe se acontecerá o mesmo a estes animais como o que vamos ficar a saber na Parte Final (IV), em que descobriremos 10 animais outrora “fantásticos” (e um fictício) – e como a sua aceitação pela ciência, redefine a fronteira entre o real e o imaginário.

Ver Também

Notas e Bibliografia

  1. Os Criptídeos são animais que se acredita que possam existir em algum lugar da natureza, mas cuja existência é duvidosa ou controversa, não sendo fundamentada pela ciência.
  2. Regusters, Herman A. Mokele-Mbembe – an investigation into rumors concerning a strange animal in the Rupublic [sic] of the Congo, 1981. [ed.] California Institute of Technology. Pasadena: Munger Africana Library, 1982.
  3. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  4. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  5. Sauropodomorpha era um grupo de dinossauros herbívoros com pescoço longo. Foram os maiores animais que já caminharam sobre a Terra.
  6. Loxton, Daniel e Prothero, Donald R. Abominable Science: Origins of the Yeti, Nessie, and other Famous Cryptids. s.l.: Columbia University Press, 2013.
  7. Proyart, Liévin-Bonaventure. Histoire de Loango, Kakongo, et autres royaumes d’Afrique: Rédigée d’après les Mémoires des Préfets Apoftoliques de fa Mission françoise; enrichie d’une Carte utile aux Navigateurs. [ed.] Bruyset-Ponthus. Paris: C. P. Berton et N. Crapart, 1776.
  8. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  9. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  10. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  11. Emmer, Rick. Mokele-Mbembe: Fact or Fiction? s.l.: Chelsea House Publications, 2010.
  12. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  13. Gibbons, William. Was a Mokele-mbembe killed at Lake Tele? The Anomalist. [Online] [Citação: 27 de Dezembro de 2020.] https://www.anomalist.com/reports/mokele.html.
  14. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  15. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  16. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  17. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  18. Patterson, John K. A Plausible Monster? Part Two. johnkpatterson.wordpress.com. [Online] [Citação: 26 de Dezembro de 2020.] https://johnkpatterson.wordpress.com/2015/07/29/a-plausible-monster-part-two/.
  19. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  20. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  21. Mackal, Roy P. A Living Dinosaur? In Search of Mokele-Mbembe. [ed.] E.J. Brill. New York: W.S. Heinman, Inc., 1987. p. 340.
  22. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  23. Shuker, Karl P. N. In Search of Prehistoric Survivors: Do Giant ‘Extinct’ Creatures Still Exist? s.l.: Blandford, 1995.
  24. Hebblethwaite, Cordelia. The hunt for Mokele-mbembe: Congo’s Loch Ness Monster. BBC News. [Online] BBC World Service, 28 de Dezembro de 2011. [Citação: 28 de Dezembro de 2020.] https://www.bbc.com/news/magazine-16306902.
  25. DR, anteriormente Danmarks Radio, é a empresa de radiodifusão pública da Dinamarca.
  26. DNA, do inglês deoxyribonucleic acid, ADN, em português ácido desoxirribonucleico, é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos.
  27. Almbjerg, Sarah Iben. Uimodståelig Dino-jagt på DR2. Berlingske. [Online] Berlingske Media, 28 de Novembro de 2018. [Citação: 29 de Dezembro de 2020.] https://www.berlingske.dk/kultur/uimodstaaelig-dino-jagt-paa-dr2.
  28. Madsen, Fie West. Lensgreve Christoffer Knuth har brugt kæmpe summer på vild dinosaur-jagt: ‘Vi fandt noget, som ingen har set før’. BT.dk. [Online] Berlingske Media, 28 de Novembro de 2018. [Citação: 29 de Dezembro de 2020.] https://www.bt.dk/film-tv-og-streaming/lensgreve-christoffer-knuth-har-brugt-kaempe-summer-paa-vild-dinosaur.
  29. Moran, Michael. Africa’s Loch Ness Monster: Dinosaur called Mokele-mbembe ‘lives in the Congo’. dailystar.co.uk. [Online] 28 de Março de 2020. [Citação: 30 de Dezembro de 2020.] https://www.dailystar.co.uk/news/weird-news/africas-loch-ness-monster-dinosaur-21750735.
  30. Societas a Charitate Nuncupate, é um instituto religioso Católico Romano fundado por António Rosmini em 1828. A ordem foi formalmente aprovada pela Santa Sé em 1838, e tomou o nome de “Caridade” como a plenitude da virtude cristã. Os seus membros são comumente chamados Padres da Caridade e usam as letras pós-nominais I.C. São vulgarmente conhecidos por Rosminianos.
  31. Shuker, Karl P. N. Still In Search Of Prehistoric Survivors: The Creatures That Time Forgot? s.l.: Coachwhip Publications, 2016.
  32. Hichens, William. On the Trail of the Brontosaurus: Encounters with Africa’s Mystery Animals, Chambers’s Journal. [ed.] W. & R. Chambers. London: Fulahn, 1927.
  33. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  34. Benjamin, Robert. Unknown Creatures Paperback. 2009.
  35. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  36. African Pterodactyls. Jeffreys, Mervyn David W. 43, s.l.: Royal African Society, 1944, Journal of the Royal African Society.
  37. Ninki Nanka: The Dragon of the Gambia. Moiser, Chris. 24, s.l.: Centre for Fortean Zoology, 2001, Animals & Men.
  38. Notes sur la Genie des eaux en Guinee. Appia, Beatrice. 14, s.l.: Societe des Africanistes, 1944, Journal de la Societe des Africanistes.
  39. More on the Terror of Gambia. Richard, Freeman. 24, s.l.: Centre for Fortean Zoology, 2001, Animals & Men.
  40. Os Wolofs, são um grupo étnico Islamizado localizado no Senegal, Gâmbia e na Mauritânia. Têm uma sociedade de classes estratificada com: realeza, aristocracia, militares, plebeus, escravos e artesãos.
  41. Ninki Nanka: The Dragon of the Gambia. Moiser, Chris. 24, s.l.: Centre for Fortean Zoology, 2001, Animals & Men.
  42. More on the Terror of Gambia. Richard, Freeman. 24, s.l.: Centre for Fortean Zoology, 2001, Animals & Men.
  43. Em Julho de 2006, a expedição, conhecida como “J. T. Downes Memorial à Gâmbia, 2006”, com uma equipe de seis pessoas, Chris Moiser, Richard Freeman, Chris Clarke, Oll Lewis, Lisa Dowley e Suzi Marsh foram até à Gâmbia, na África Ocidental em busca de uma criatura parecida com um dragão, conhecida pelos nativos como Ninki Nanka. A expedição recebeu bastante atenção dos média, de onde se destaca um artigo da BBC News Online
  44. Hunt for Gambia’s mythical dragon. BBC. s.l. : BBC, 14 de Julho de 2006, BBC News.
  45. Destination Truth é um reality show paranormal americano. O programa segue o pesquisador paranormal Josh Gates ao redor do mundo para investigar alegações do sobrenatural, principalmente no campo da criptozoologia.
  46. Gates, Josh, [artista]. Destination Truth S02E13 Ninki Nanka & Kikiyaon. [prod.] MandtBros. Syfy channel, 2008.
  47. Downes, Jonathan e Shuker, Karl. CFZ Expedition Report: Gambia 2006. s.l.: Centre for Fortean Zoology, 2006.
  48. Sivatherium (literalmente a besta de Shiva) é um animal extinto da família da girafa (giraffidae) que viveu em África do Plioceno ao Holoceno.
  49. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  50. Assim chamado por o primeiro avistamento conhecido ter sido na região da tribo Nandi que habita o Vale do Rift.
  51. Miscellaneous Records Relating to the Nandi and Kony Tribes. Huntingford, G. W. B. s.l.: Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland, 1927, Vol. 57.
  52. Jacobs, Louis L. Quest for the African Dinosaurs: Ancient Roots of the Modern World. s.l.: Johns Hopkins University Press, 2000.
  53. An Unknown Animal on the Uasingishu. Williams, Geoffrey. 5, 1912, Journal of the East Africa and Uganda Natural History Society.
  54. Heuvelmans, Bernard. On The Track of Unknown Animals. s.l.: Routledge, 2016.
  55. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  56. Heuvelmans, Bernard. On The Track Of Unknown Animals. s.l.: Routledge, 2016.
  57. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  58. The gadett or brain-eater. Buxton, Cara. s.l.: Natural History Society, 1919, Journal of the East Africa and Uganda, Vol. 15.
  59. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  60. O cão Desi, também conhecido como cão pária indiano, cão nativo indiano ou INDog, é uma raça comum de cães nativos do subcontinente indiano. Têm orelhas erectas, cabeça em forma de cunha e cauda curva. É de fácil treinamento e é usado frequentemente como cão de guarda ou cão-polícia.
  61. Eberhart, George M. Mysterious Creatures: A Guide to Cryptozoology. s.l.: ABC-CLIO, Inc., 2002.
  62. Shuker, Karl P. N. In Search of Prehistoric Survivors: Do Giant ‘Extinct’ Creatures Still Exist? s.l.: Blandford, 1995.
  63. Report of the Game Department of the Colony and Protectorate of Kenya. Nairobi: Game Department of the Colony and Protectorate of Kenya, 1932-34.
  64. The Strange Case of the Nandi Bear. Boy, Gordon. Outubro. Dezembro de 1998, SAFARI Magazine.
  65. Report of the Game Department of the Colony and Protectorate of Kenya. Nairobi: Game Department of the Colony and Protectorate of Kenya, 1932-34.
  66. Newton, Michael. Hidden Animals: A Field Guide to Batsquatch, Chupacabra, and Other Elusive Creatures. s.l.: Greenwood, 2009.
  67. The Strange Case of the Nandi Bear. Boy, Gordon. Outubro . Dezembro de 1998, SAFARI Magazine.
  68. Oricterope (Orycteropus afer), é um antigo criptídeo que ganhou reconhecimento científico, também é conhecido por Porco-formigueiro ou Porco da terra, é endémico em quase todos os territórios africanos. Em Angola é conhecido por Jimba e na Guiné-Bissau por Timba.
  69. Soule, Gardener. Nandi Bear. Boys’ Life. 1961.
  70. Meinertzhagen, Colonel Richard. Kenya Diary (1902-1906). London: Oliver & Boyd, 1957.
(1) Mokele-mbembe
(2) Escultura em madeira de um provável avistamento de um Mokele-mbembe
(3) Mngwa / Nunda
(4) Ninki Nanka
(5) Urso Nandi

 

Ilustrações: 1, 2, 3, 4, 5 – © 2021 Xesko

 


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Imagem: © 2021 Francisco Lopes-Santos
Francisco Lopes-Santos

Atleta olímpico, tem um Doutoramento em Antropologia da Arte e dois Mestrados um em Treino de Alto Rendimento e outro em Belas Artes. Escritor prolifero, já publicou vários livros de Poesia e de Ficção, além de vários ensaios e artigos científicos.

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