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Segunda-feira, Maio 13, 2024

Angola Sai Da OPEC Após 16 Anos No Cartel

Angola - que era membro da OPEC há 16 anos - não é o primeiro país a abandonar o cartel. Equador, Indonésia e Qatar também já o fizeram.

Angola Sai Da OPEC Após 16 Anos No Cartel.

Angola anunciou hoje que vai abandonar o cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC), devido a um desentendimento as sobre quotas de produção. A decisão vem na sequência de no mês passado 13 membros e 10 nações aliadas do cartel terem optado por reduzir ainda mais a produção de petróleo em 2024 para sustentar os preços globais voláteis.

Angola ingressou na OPEP em 2007 e, actualmente, produz cerca de 1,1 milhões de barris por dia, dos 30 milhões de todo o grupo da OPEC. Após o anúncio da saída, os preços do petróleo caíram, com o Brent a descer mais de $1 para $78,5 por barril às 12:50 GMT, de hoje.

 

A Decisão de Angola

A decisão de Angola de sair da OPEC, foi tomada nesta quinta-feira na reunião regular do gabinete.

“Achamos que neste momento Angola não ganha nada por permanecer na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”.

“Se ficássemos na OPEC… Angola seria obrigada a reduzir a produção e isso vai contra a nossa política de evitar declínios e respeitar contratos”.

Afirmou o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, acrescentando que a decisão não foi tomada de ânimo leve.

 

As Razões

A OPEC é um grupo de produtores de petróleo a nível mundial que, juntamente com o grupo expandido chamado OPEC+, decide quanto petróleo bruto se deve vender no mercado internacional.

Angola e a Nigéria são os dois maiores exportadores de petróleo da África subsaariana. Ambos os países ficaram muito insatisfeitos por lhes ser pedido para reduzir a produção, numa altura em que precisam de aumentar as suas receitas em moeda estrangeira.

Angola possui vastas reservas minerais e de petróleo, sendo a sua economia uma das que mais cresce no mundo – no entanto, o crescimento económico é altamente desigual. Muita da sua riqueza petrolífera reside no Enclave de Cabinda, onde persiste um conflito separatista há décadas.

Angola – que era membro da OPEC há 16 anos – não é o primeiro país a abandonar o cartel. Equador, Indonésia e Qatar também já o fizeram. Este movimento é visto como um golpe na unidade da OPEC, sendo considerado por alguns especialistas, mais simbólico do real, sem ter um impacto substancial nas dinâmicas globais do petróleo

Após o início da guerra da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, os preços do petróleo dispararam, atingindo mais de $120 por barril em Junho do ano passado. Caíram para cerca de $70 por barril em Maio deste ano – mas têm subido constantemente desde então, à medida que os produtores tentam restringir a produção para apoiar o mercado e após os recentes ataques a navios de carga no Mar Vermelho.

 

Conclusão

A decisão de Angola de sair da OPEC devido a divergências sobre quotas de produção reflete as tensões entre os membros e as nações aliadas sobre estratégias para estabilizar os preços do petróleo e os interesses particulares de cada membro.

Este movimento, influenciado pelo desejo de preservar a produção e respeitar contratos, traz à tona, as implicações económicas significativas para Angola e a necessidade de abordar questões de sustentabilidade e gestão ambiental na exploração dos seus recursos naturais.

 

O que achas desta decisão de Angola sair da OPEC? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.

 

Imagem: © DR
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