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Quarta-feira, Maio 8, 2024

Vai demorar, mas África vai ser um continente rico

África é um continente rico, com recursos ilimitados, desde minerais a energéticos, mas falta uma estrutura e um bom governo, bem como a capacidade de desenvolver infraestruturas.

Vai demorar, mas África vai ser um continente rico.

Segundo Helmut Gauges, Gestor do KfW, o Banco de Crédito para a Reconstrução, vai demorar tempo, mas África vai ser um continente rico. Esta afirmação, surge numa entrevista ao jornal português “Diário de Notícias”, durante a sua estadia em Portugal para participar em um seminário coorganizado pela Embaixada da Alemanha em Portugal e a Academia Europeia de Berlim.

No seminário, sob o mote “A política europeia alemã no dealbar histórico de uma nova era“, falou-se sobre a nova política de cooperação com África elaborada pelo governo alemão liderado por Olaf Scholz, que reúne sociais-democratas, ecologistas e liberais.

 

A entrevista

Na entrevista, Gauges explicou que a Alemanha tem uma história breve de colonização em África e, por isso, a imagem do país é positiva na maioria dos seus congéneres africanos. Destacou que a Alemanha tem mais interesse no desenvolvimento de África do que em cooperação financeira.

Além disso, quando a Alemanha faz cooperação com a África, ela estabelece critérios éticos, de direitos humanos e ambientais muito exigentes, que devem ser aceites pelos governos locais.

O gestor do KfW afirmou que a diferença de desenvolvimento entre países de colonização portuguesa, inglesa ou francesa não se deve ao colonizador, mas sim à população, educação, liberdade de imprensa, estruturas democráticas e consciência de construir um país.

Afirmou ainda que é difícil generalizar sobre África e que cada país é diferente. Por exemplo, ele citou o Níger e o Malawi, que têm sistemas democráticos que funcionam.

“Acho África um continente muito grande e cada país é diferente, assim como na Europa. É difícil dizer que uma parte de África é uma coisa e a outra parte é outra coisa”. Afirmou Gauges.

Em relação à cooperação com países lusófonos, o KfW só tem projetos com Moçambique, mas Gauges destacou que Cabo Verde é um bom exemplo de desenvolvimento em África. Ele também destacou Angola como um país que está em processo de construção do Estado e da Nação.

Ele acredita que África é um continente rico, com recursos ilimitados, desde minerais a energéticos, mas falta uma estrutura e um bom governo, bem como a capacidade de desenvolver infraestruturas.

 

O interesse da Alemanha

Gauges afirmou que a Alemanha está mais interessada em África nos últimos dez anos, pois há problemas no continente que impactam a Europa, como a pressão migratória. Ele também afirmou que o interesse económico da Europa em África aumentou.

Além disso, o gestor destacou a importância do papel da mulher na sociedade desses países e que as empresas alemãs vão para o terreno investir em países com reformas que ajudam a economia, ajudam a exportação e a importação, e com infraestrutura sustentada e fomentada pelo KfW.

Por fim, Gauges afirmou que o KfW funciona sobretudo com fundos governamentais, mas quando um país tem um rating favorável, o banco utiliza recursos financeiros para ampliar o financiamento como crédito.

Ele acredita que o próximo plano de política alemã para a África é ambicioso porque os problemas são grandes no continente e a Alemanha e a Europa precisam ter planos ambiciosos para ajudar e cooperar.

 

O que achas desta entrevista? Concordas com o que Helmut Gauges disse sobre África? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.
Imagem: © 2022 Francisco Lopes-Santos 
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