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ToggleYalla Vamos! Marrocos Co-organiza Mundial 2030
A FIFA oficializou a escolha de Marrocos, Portugal e Espanha como anfitriões do Mundial de Futebol de 2030, marcando um momento histórico na organização do torneio mais prestigiado do desporto. Esta decisão reflecte a união de três nações de dois continentes, numa candidatura conjunta que conquistou uma nota técnica de 4,2 em cinco, superando os requisitos exigidos pela FIFA.
Com o lema “Yalla Vamos!”, a candidatura é uma ponte entre culturas, uma afirmação do poder do futebol em aproximar comunidades e uma oportunidade para se criar um legado duradouro. Além disso, será a primeira vez que Portugal e Marrocos recebem este campeonato, enquanto Espanha, anfitriã do Mundial de 1982, traz a experiência necessária para um evento desta magnitude.
Ao mesmo tempo, o Mundial de 2030 terá um toque especial: os jogos inaugurais serão realizados na Argentina, Paraguai e Uruguai, numa homenagem ao centenário da competição, cuja primeira edição aconteceu no Uruguai, em 1930. Esta decisão sublinha o compromisso da FIFA com a preservação da história e a celebração das raízes do futebol.
Cristiano Ronaldo, o capitão da Selecção de Portugal que se encontrava no Congresso Extraordinário da FIFA, onde foi feito o anúncio histórico, afirmou:
“Queria ter menos dez anos para poder disputar este Mundial que tenho certeza que vai ser incrível”.
Organização e Impacto
A organização conjunta do Mundial de 2030 exigiu um planeamento detalhado e uma visão estratégica por parte de Marrocos, Portugal e Espanha. Segundo a FIFA, a candidatura recebeu uma avaliação técnica de 4,2 em cinco, a mais alta até agora, ultrapassando os requisitos mínimos, destacando-se pelas infraestruturas de qualidade e pelo potencial comercial.
Espanha, com 11 estádios em nove cidades, será o país com maior número de jogos. Entre os recintos escolhidos, destaca-se o icónico Santiago Bernabéu, em Madrid, apontado como o mais provável palco da final, dado o seu prestígio e capacidade superior a 80.000 lugares. Outros estádios, como o Camp Nou e o Estádio Metropolitano, reforçam a oferta espanhola, combinando modernidade e tradição.
Portugal, por sua vez, apresentará três estádios: Estádio da Luz, Estádio José Alvalade e Estádio do Dragão. O primeiro, com capacidade para 65.000 lugares, será modernizado para receber uma das meias-finais. Para o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, esta organização será uma alavanca fundamental para o desenvolvimento do futebol português.
Já Marrocos trará seis estádios de padrão internacional, com destaque para o Estádio Hassan II, em Casablanca, previsto para a cerimónia de abertura. O país africano que já demonstrou a sua capacidade organizativa em eventos como o Campeonato Africanos das Nações, vê neste Mundial uma oportunidade de reforçar a sua presença internacional e de fomentar o turismo e o investimento estrangeiro.
Os Números do Mundial
Os números também impressionam. Segundo o Relatório de Impacto Económico e Social elaborado pela PwC, em Portugal o evento poderá gerar mais de 800 milhões de euros, criar cerca de 20.000 empregos e atrair entre 300.000 a 500.000 visitantes ao país. Os benefícios intangíveis, como a melhoria da imagem internacional e o aumento do turismo, poderão superar em 8,5 vezes o investimento inicial.
Em Espanha, os benefícios serão igualmente expressivos, dado o maior número de jogos e estádios envolvidos. Para Marrocos, o Mundial será uma oportunidade única de promover o seu desenvolvimento socioeconómico, projectando-se como um destino de excelência.
Uma Nova Era Para o Mundial
O Mundial de 2030 será marcado por uma série de inovações. Pela primeira vez, o torneio vai ser disputado em seis países de três continentes. Além dos três países organizadores, a bola também irá rolar na América do Sul: Argentina, Paraguai e Uruguai vão acolher três jogos da fase final, como forma de celebrar o centenário da competição, cuja primeira edição decorreu no Uruguai, em 1930.
Além da inédita repartição de jogos por seis países, haverá uma expansão significativa no formato, com 48 selecções a competir em 104 jogos, um aumento em relação às 32 equipas e 64 jogos das edições anteriores. O formato revisto inclui 12 grupos de quatro equipas, com os dois primeiros classificados e os oito melhores terceiros a avançarem para a fase eliminatória, começando nos 16 avos de final.
Esta mudança visa aumentar a competitividade, proporcionando mais jogos e oportunidades para as selecções, ao mesmo tempo que maximiza a presença dos adeptos nos estádios e na audiência televisiva.
Apesar dos desafios logísticos, a candidatura conjunta oferece vantagens claras. Marrocos trará a sua hospitalidade calorosa e a modernidade dos seus estádios; Portugal contribuirá com a sua experiência em eventos desportivos, como o Euro 2004 e as finais da Liga dos Campeões; e Espanha oferecerá a sua infraestrutura consolidada e o prestígio de já ter acolhido grandes competições.
Além do formato alargado, o Mundial de 2030 também reforça o papel do desporto como um meio de diplomacia cultural. A colaboração entre África e a Europa, simbolizada pela união de Marrocos, Portugal e Espanha, destaca o poder do futebol em promover a paz, a integração e o diálogo entre nações.
Os Estádios do Mundial de 2030
Argentina
- Estádio Monumental (Buenos Aires, 84.593 lugares)
Espanha
- Estádio Riazor (Corunha, 34.889 que terão de passar para acima de 40.000 lugares)
- Camp Nou (Barcelona, 105.000 lugares)
- Estádio El Prat (Barcelona, 40.000 lugares)
- Estádio San Mamés (Bilbau, 53.331 lugares)
- Estádio Gran Canária (Las Palmas, 32.392 que terão de passar para 40.000 lugares)
- Estádio Santiago Bernabéu (Madrid, 80.000 lugares)
- Estádio Metropolitano (Madrid, 70.460 lugares)
- Estádio La Rosaleda (Málaga, 30.044 que terão de passar para 40.000 lugares)
- Estádio Anoeta (San Sebastián, 39.313 que terão de passar para 40.000 lugares)
- Estádio de la Cartuja (Sevilha, 57.600 que poderão passar para 70.000/75.000 lugares)
- Estádio La Romareda (Saragoça, 42.500 lugares após remodelação)
Marrocos
- Estádio Adrar (Agadir, 45.480 que passarão a 70.000 lugares)
- Estádio Hassan II (Casablanca, 115.000 lugares construído para a prova)
- Estádio Fez (Fez, 45.000 que poderão passar a 55.800 lugares)
- Estádio Marraquexe (Marraquexe, 45.240 lugares)
- Estádio Príncipe Moulay Abdellah (Rabat, 65.000 lugares)
- Estádio Ibn Batouta (Tânger, 65.000 que poderão passar a 75.600 lugares)
Paraguai
- Estádio Nacional (Assunção, 47.128 lugares construído para a prova)
- Estádio Defensores del Chaco (Assunção, 41.186 lugares)
Portugal
- Estádio da Luz (Lisboa, 65.000 lugares)
- Estádio José Alvalade (Lisboa, 50.000 lugares)
- Estádio do Dragão (Porto, 50.000 lugares)
Uruguai
- Estádio Centenário (Montevideu, 62.782 lugares)
Conclusão
O Mundial de 2030 será uma celebração do futebol, da diversidade e da união entre continentes. A organização conjunta por Marrocos, Portugal e Espanha simboliza um novo capítulo na história do torneio, onde a cooperação e a partilha de valores ultrapassam fronteiras.
Este mundial será um momento de orgulho e oportunidades para os três países organizadores. Disso fez fé, Cristiano Ronaldo, ao saber da confirmação dada pela FIFA.
“Tenho a certeza que [Portugal] juntamente com Espanha e Marrocos, farão deste Mundial uma oportunidade única de promoção”.
O impacto económico, cultural e social esperado é apenas o começo de um legado que poderá transformar as próximas gerações. Ao reunir nações, culturas e histórias distintas, o Mundial de 2030 promete ser mais do que uma competição desportiva. Será um marco de integração mundial e um testemunho do poder do desporto para unir povos e criar memórias inesquecíveis.
Achas que esta organização conjunta, Marrocos, Portugal e Espanha, para o Mundial 2030, vai funcionar bem? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.
Imagem: © 2023 DR