Petróleo: Angola Atinge 1,2 Milhões Barris Dia
“Este número parece sustentar as previsões da Agência Internacional de Energia, que – no mesmo dia – avançou no seu relatório anual que em 2024 a produção petrolífera em Angola situar-se-á acima de 1.100.000 barris de petróleo/dia”, refere ainda a ANPG.
O referido aumento corresponde a cerca de 12 por cento, dado que a produção petrolífera saiu de uma média de 1.060.000 barris por dia para aproximadamente 1.200.000 barris.
A informação foi avançada por Paulino Jerónimo, presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG, em declarações, citadas pelo Jornal de Angola, no acto de assinatura, esta Terça-feira, de dois contratos de serviços com risco para a concessão dos blocos 49 e 50, situados na Bacia do Baixo Congo, entre a Sonangol e a Chevron, através da sua subsidiária Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC).
Segundo a Angop, com os documentos ora assinados, a Chevron será responsável por realizar estudos ao proceder à exploração dos blocos em offshore, avaliando os riscos, assim como determinando se existem reservas disponíveis para exploração.
Os contratos estabelecem que a CABGOC – que em mais de sete décadas a actuar no país, nunca operou fora de Cabinda, sendo que os blocos mencionados vão ser os seus primeiros activos por si operados fora da referida capital – possui mais de metade da participação (80 por cento), enquanto os restantes 20 por cento da participação são da Sonangol Pesquisa e Produção.
O acto de assinatura contou com a presença de Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, que, na ocasião, adiantou que, a partir de agora, vai arrancar o processo de pesquisa e avaliação até se alcançar a exploração como produto final.
Citado pela Angop, Diamantino Azevedo, embora tenha expressado interesse no incremento da produção, recordou que os campos em questão não vão ainda fazer parte da produção deste e do próximo ano.
O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou que a assinatura destes contratos espelha “um sinal” de que Angola “continua a ser um pólo importante para a indústria petrolífera mundial”.
O ministro também reafirmou o comprometimento do Executivo em estimular a estabilização dos graus de produção de petróleo bruto, tendo acrescentando:
“Temos consciência de que ambos os blocos, por conta das condições geológicas, encontram-se em zonas de risco, por isso os incentivos fiscais são justificados e ainda estarão abertos a ajustes, à luz do processo de reformas que continuam a ser implementadas há sete anos”.
Já Billy Lacobie, director-geral da Chevron em Angola, disse ver estes novos blocos como uma oportunidade para compartilhar tecnologia e alargar a sua actividade em Angola, consistindo num portfólio significante para a empresa, escreve a Angop.
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