Mali, Níger, Burkina Fasso: Proposta Federação.
Mali, Níger e Burkina Fasso, estão à procura de desenham uma narrativa única. Os ministros dos Negócios Estrangeiros destas nações propuseram, a criação de uma confederação, como parte de um objetivo de longo prazo para unir esses vizinhos da África Ocidental em uma federação.
Reunidos em Bamako, a capital do Mali, os líderes discutiram as bases da recém-formada Aliança dos Estados do Sahel (AES), delineando a importância da diplomacia, defesa e desenvolvimento para consolidar a integração política e económica.
Esta aliança, discutida durante dois dias, destaca a importância da diplomacia, defesa e desenvolvimento como alicerces cruciais para consolidar a integração política e económica e marcando um passo significativo no caminho para a formação de uma união entre estes países vizinhos da África Ocidental.
Rumo à Federação
A proposta de se criar uma confederação entre o Mali, o Níger e o Burkina Fasso, não responde apenas aos desafios actuais, mas também representa uma necessidade fundamentada nos eventos históricos que moldaram as relações entre esses três países. Em setembro, os líderes militares do Mali, Níger e Burkina Fasso firmaram um pacto de defesa mútua conhecido como a Carta Liptako-Gourma.
A criação da Aliança dos Estados do Sahel (AES) solidificou laços económicos mais estreitos e estabeleceu assistência mútua de defesa em face de ameaças à soberania e integridade territorial.
Governados por juntas militares resultantes de golpes em 2020 e 2022, o Mali e o Burkina Fasso, demonstraram prontidão em apoiar os líderes militares do Níger após a destituição do presidente eleito Mohamed Bazoum em Julho.
Durante a reunião em Bamako, os ministros das Relações Exteriores expressaram a ambição de, a longo prazo, criarem uma federação unindo os três países., recomendando para isso a criação de uma confederação, aos chefes de Estado da AES, intensificando as discussões durante o encontro dos ministros da economia e das finanças.
Este último grupo propôs a formação de um fundo de estabilização, um banco de investimento e um comité para estudar uma união económica e monetária viável.
O Poder da Aliança
Enfrentando pressões internacionais para restaurar governos civis, o Mali, o Níger e o Burkina Fasso consolidaram laços estreitos. O recente pacto de defesa mútua entre estes países reflete um esforço conjunto para lidar com ameaças de rebeliões armadas ou agressões externas.
Sob a AES, a combinação de esforços militares e económicos destaca-se como uma estratégia unificada, dando prioridade à luta contra o terrorismo na região do Liptako-Gourma. A cooperação entre estes países visa enfrentar não apenas desafios militares, mas também convergir os interesses económicos.
Durante a reunião em Bamako, os ministros das Relações Exteriores recomendaram a criação de uma confederação como parte de uma visão a longo prazo, enfatizando não apenas a defesa, mas também a diplomacia e o desenvolvimento para consolidar a integração política e económica.
A resposta coletiva destes países, representada pela Aliança dos Estados do Sahel, evidencia uma determinação partilhada em enfrentar desafios comuns e consolidar uma presença coesa na região. O próximo encontro dos chefes de estado em Bamako será crucial para a concretização destas propostas e para o fortalecimento do caminho em direção à federação.
Sustentando o Futuro Comum
Na reunião dos ministros da Economia e Finanças em Novembro, propostas económicas cruciais foram delineadas para sustentar a confederação entre os três países. A recomendação de criar um fundo de estabilização, um banco de investimento e um comité para estudar uma união económica e monetária destaca-se como um passo fundamental para fortalecer a base económica da futura confederação.
Este movimento não ocorre em isolamento, pois as relações com a França, historicamente aliada, tornaram-se tensas desde os golpes nos respectivos governos. A retirada das tropas francesas do Mali e do Burkina Fasso, juntamente com a resistência das novas autoridades militares no Níger, adicionaram complexidade a este novo paradigma.
Conclusão
A proposta de formar uma confederação entre o Mali, o Níger e o Burkina Fasso marca um capítulo significativo na história desses países, moldado por eventos históricos e desafios contemporâneos.
A criação da Aliança dos Estados do Sahel (AES) e a assinatura do pacto de defesa mútua refletem uma resposta colectiva para enfrentar ameaças à segurança e consolidar laços económicos mais estreitos, destacando a importância não apenas da segurança militar, mas também da cooperação económica.
A proposta de uma confederação, discutida durante a reunião em Bamako, vislumbra uma federação a longo prazo, sustentada por propostas económicas concretas delineadas durante encontros ministeriais.
As relações tensionadas com a França e os desafios geopolíticos adicionam complexidade a esse novo paradigma. No entanto, a determinação partilhada destes países, representada pela AES, demonstra uma busca coesa por soluções para desafios comuns. O próximo encontro em Bamako será crucial para a concretização dessas propostas, consolidando o caminho em direção a uma federação.
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Imagem: © 2023 DR