PALOP: Portugal e IFC Criam Fundo de Cooperação
Portugal e a Sociedade Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), braço do Banco Mundial para o setor privado, assinaram hoje, em Washington, um acordo de criação de um fundo de cooperação técnica para a África lusófona.
O acordo foi assinado pelo ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Joaquim Miranda Sarmento, e pelo vice-presidente da IFC, Ethiopis Tafara, à margem de uma reunião informal dos ministros das Finanças da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na capital norte-americana, onde decorrem esta semana as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O fundo foi constituído com uma contribuição de 1,5 milhões de euros por Portugal e será gerido pela IFC, segundo o Ministério das Finanças.
“Assinámos um instrumento de financiamento desses países. A lusofonia e a CPLP e os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] são um eixo fundamental da política de Portugal, independentemente dos Governos. É algo que é transversal e consistente ao longo de diferentes Governos, de diferentes combinações políticas e é muito importante para nós”, disse em Washington, Joaquim Miranda Sarmento.
“São países com os quais temos uma relação histórica, cultural, social, política muito forte, com quem temos laços de amizade muito significativos e são países que, no seu desenvolvimento, oferecem também oportunidades de investimento e de geração de riqueza para as empresas portuguesas, ajudando-as a internacionalizarem-se cada vez mais”, acrescentou.
O fundo, denominado `Portugal-IFC Partnership in Lusophone Africa`, é uma iniciativa estratégica que visa fortalecer a cooperação técnica entre Portugal e os países africanos de língua oficial portuguesa no âmbito do Compacto Lusófono, iniciativa da qual a IFC é parceira.
A iniciativa “destina-se a financiar atividades de assistência técnica fundamentais para alavancar a implementação de projetos bancáveis, focado na redução do `gap` de infraestrutura, desenvolvimento dos setores produtivos e promoção da inclusão financeira com uma abordagem que integra dimensões sociais, ambientais, de género, e de governança”, segundo fontes oficiais.
O Compacto Lusófono para o Financiamento do Desenvolvimento é uma iniciativa estratégica lançada em novembro de 2018 que reúne o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento, Portugal, os PALOP e o Brasil (desde 2024) com o propósito de acelerar o crescimento sustentável, inclusivo e diversificado do setor privado na região.
O Compacto visa mobilizar e alavancar investimentos privados e parcerias público-privadas através de uma combinação de financiamentos, garantias, assistência técnica e reformas políticas que eliminem os entraves ao desenvolvimento.
A IFC tornou-se parceira do Compacto Lusófono em 2021, considerando os objetivos em comum.
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Imagem: © 2022 Getty Images