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Domingo, Agosto 3, 2025

Moçambique: Mpox Ataca Em Força

As autoridades moçambicanas anunciaram esta semana que vão reforçar a vigilância nas fronteiras, com equipas de rastreio e testes, para tentar travar a propagação de mais casos de Mpox.

Moçambique: Mpox Ataca Em Força


As autoridades de saúde de Moçambique confirmaram este sábado o surgimento de mais seis casos de Mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para 23, incluindo um primeiro caso, fora da província de Niassa, mais precisamente em Maputo, além de mais outros 167 suspeitos.

No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública e com dados de 11 de Julho a 01 de Agosto, além do acumulado de 23 positivos, é referido que a doença continua a não apresentar letalidade, não havendo o registo de óbitos até ao momento.

Dos seis novos casos registados nas últimas 24 horas, cinco foram confirmados na província de Niassa – onde o surto estava concentrado até agora, no distrito de Lago – Norte do país e um na província de Maputo, no Sul. Houve ainda registo de 20 novos casos suspeitos no mesmo período, incluindo na província de Manica, além de 57 contactos a serem seguidos pelas autoridades de saúde.

“Não há neste momento restrição à mobilidade das pessoas e bens, o que temos estado a fazer e recomendamos – e que estamos a trabalhar em conjunto com as outras instituições – é o reforço da vigilância nas áreas transfronteiriças”

Informou o diretor Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, em conferência de imprensa em Maputo, na qual vincou também a aposta no rastreio comunitário como melhor método para travar a propagação.

“Infelizmente, este não é um trabalho muito fácil, como devem perceber, o nosso país tem aquelas fronteiras formais onde conseguimos colocar colegas em vigilância”.

“Mas também tem vários pontos que são usados para a entrada e saída e muitas vezes não estão sob nosso controle e aí é um grande desafio”, acrescentou .

As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com a Mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 130 neste surto.

“Temos capacidade boa para fazermos os testes”.

“A questão de se fazer os testes, pelo menos para o nosso país, está garantida”.

Informou o coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), Filipe Murimirgua.

“Tratando-se de uma doença infectocontagiosa, há sempre um risco de alastramento, razão pela qual todas as províncias estão em alerta, também já se começou a suspeitar de outros casos e a testa-los”, acrescentou.

O responsável, disse reconhecer melhorias nos processos face ao surto de 2022, já que o país está melhor organizado, sobretudo na questão de detecção precoce dos casos. No surto no Niassa foi possível detectar os casos com a colaboração dos outros países vizinhos, Malawi, por exemplo que apoiou na identificação e informação do aparecimento dos mesmos.

A Mpox é uma doença viral zoonótica (transmitida de animais para o ser humano), identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo (RDC). No actual surto, na África austral, desde 01 de Janeiro já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos confirmados.

A infecção manifesta-se inicialmente de forma inespecífica, com sintomas como febre, dores de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (caroços na mandíbula, pescoço, axilas ou virilha), dores nas costas e fraqueza. Posteriormente, surge uma erupção cutânea sob a forma de borbulhas.

O primeiro caso da Mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, afirma existir capacidade nas províncias, para efectuar 4.000 testes, mais mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança de prevenção para a doença nos últimos três anos.

Moçambique tem agora capacidade para efectuar testes em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública. No entanto, essa capacidade, ainda está a ser subutilizada, mesmo assim, todos os casos suspeitos são testados, conseguindo o país fornecer os resultados em tempo útil.

 

Imagem: © 2025 aimnews.org
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