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ToggleAngola: A Saúde Está Em Primeiro Lugar
Angola está a enfrentar desafios significativos no sector da saúde, mas a ministra da Saúde de Angola, Silvia Lutucuta, anunciou hoje que o seu ministério está empenhado em implementar estratégias para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população.
Com um plano ambicioso de contratação e formação de profissionais de saúde, diálogo contínuo com sindicatos e esforços para aumentar a cobertura vacinal infantil, o país está na via certa para trilhar um caminho de progresso e de melhores cuidados de saúde para todos.
Reforço na Saúde em Angola
A ministra angolana Silvia Lutucuta, anunciou hoje que o Ministério da Saúde pretende contratar anualmente 8 mil novos profissionais de saúde, incluindo médicos, até 2027.
Este compromisso que depende das condições financeiras do país, visa aumentar significativamente o número de médicos, aproximando-se do rácio recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de dez médicos por 10 mil habitantes.
Actualmente, Angola possui apenas 2,48 médicos por 10 mil habitantes, conforme o anuário sanitário de 2021.
Durante a sua participação no EurAfrican Forum 2024, a ministra destacou a importância de um plano robusto de especialização, pretendendo treinar cerca de 38.000 profissionais de saúde até 2027. Este esforço inclui a melhoria das infraestruturas e da organização do sistema de saúde, bem como a assistência médica e medicamentosa.
Lutucuta reconheceu os desafios enfrentados pelo sistema de saúde angolano, exacerbados pela pandemia do covid-19, mas sublinhou os progressos realizados, especialmente na redução da mortalidade materna e infantil.
“É importante realçar que nenhum país no mundo por esta altura não sofre das consequências do Covid-19”.
“Angola não é excepção”, frisou.
A ministra realçou ainda a necessidade de um plano de formação de quadros, envolvendo várias nacionalidades, com cooperação estreita entre Angola e países como Portugal e o Brasil.
Diálogo com Sindicatos
A relação com os sindicatos do sector da saúde tem sido um ponto crucial para o Ministério da Saúde de Angola. Silvia Lutucuta reafirmou a importância do diálogo permanente com estas entidades, tratando-as como parceiras essenciais. Este posicionamento visa resolver questões salariais e atrasos nos pagamentos que têm sido motivo de greves por parte de médicos e enfermeiros nos últimos meses.
“O mais importante é muito diálogo permanente entre o Ministério, as organizações socioprofissionais e sindicatos e, de forma clara, dar o ponto de situação do sector sem tabus e é o que temos estado a fazer”, assegurou.
A ministra assegurou que os atrasos nos pagamentos estão a ser gradualmente resolvidos, prioritizando o sector da saúde. Lutucuta respondeu às críticas do presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Angolanos (Sinmea), Adriano Manuel, sobre a falta de financiamento adequado para os hospitais, sublinhando os esforços contínuos do governo para melhorar a situação.
Apesar dos desafios, a ministra mostrou-se confiante de que, com um diálogo constante, será possível evitar novos conflitos e melhorar as condições de trabalho e assistência médica em Angola.
Cobertura Vacinal Infantil em Angola
A baixa cobertura vacinal infantil em Angola foi outro tema abordado por Silvia Lutucuta. A ministra reconheceu os baixos níveis de vacinação, atribuídos ao impacto negativo da pandemia do covid-19, que afectou sistemas de saúde globalmente.
De acordo com um relatório da OMS e da UNICEF, Angola está entre os dez países com menor cobertura vacinal infantil em 2023, com apenas 50% de cobertura para o sarampo. Para enfrentar este desafio, o governo angolano implementou um plano de recuperação das coberturas vacinais, em colaboração com a Gavi, a Aliança Mundial de Vacinas.
Lutucuta destacou que, apesar de Angola ser classificada como um país de rendimentos médios, o que reduz os apoios internacionais, o governo tem feito um esforço significativo na aquisição de vacinas com recursos próprios.
A ministra expressou confiança de que os próximos relatórios da ONU apresentarão uma imagem mais positiva de Angola. Quanto à varíola dos macacos, Lutucuta garantiu que o país mantém um plano de contingência ativo, com medidas de vigilância epidemiológica e educação da população, sem casos registados até ao momento.
Conclusão
O compromisso de Angola em reforçar o seu sistema de saúde é claro, com planos de contratação e especialização de profissionais, além de um diálogo contínuo com os sindicatos para resolver questões pendentes.
A cobertura vacinal infantil e a preparação para surtos epidémicos são prioridades que refletem a determinação do governo em melhorar a saúde pública no país. A implementação destes planos será crucial para alcançar os objetivos propostos e enfrentar os desafios existentes.
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