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Sexta-feira, Maio 23, 2025

Costa Quer África no Conselho de Segurança da ONU

António Costa, o presidente do Conselho Europeu, exigiu hoje em Abidjan, um assento permanente para África no Conselho de Segurança da ONU, durante o discurso efectuado ao aceitar o Prémio Félix Houphouet-Boigny, tendo doado 130 mil euros aos refugiados e criticou as violações em Gaza e na Ucrânia, defendendo uma parceria Europa-África para reformar as instituições internacionais e travar "guerras inúteis".

Costa Quer África no Conselho de Segurança da ONU


O presidente do Conselho Europeu, António Costa, recebeu hoje em Abidjan, o prémio da paz Félix Houphouet-Boigny da UNESCO, nomeado em honra do primeiro chefe de Estado da Costa do Marfim. O galardão distingue pessoas ou instituições que tenham dado um contributo significativo para a causa da paz.

António Costa doou 150 mil dólares (cerca de 130 mil euros) ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados devido ao “trabalho que desenvolve para garantir a vida, a dignidade, a segurança e os direitos fundamentais de milhões de pessoas deslocadas e refugiadas em todo o mundo.

Na ocasião, vincou que, “perante um mundo fragmentado, com regras postas em causa e inúmeros dilemas internacionais, é necessário recordar a força destes valores. Devemos, África e Europa, promovê-los juntos de mãos dadas, numa parceria para o futuro”.

Indicou ainda que “receber este prémio representa uma enorme responsabilidade”, sendo esta “ainda maior devido às novas funções” europeias, nas quais prometeu que irá “continuar a defender estes valores”.

Durante o discurso, defendeu que África tem de ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e “representação justa” nas instituições financeiras internacionais, pedindo uma “parceria para o futuro” com a Europa.

“Sem uma representação justa da comunidade internacional nas nossas instituições comuns, as frustrações só irão aumentar e a legitimidade das instituições só diminuirá”, disse António Costa.

“África deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, África deve ter uma representação justa nas instituições financeiras internacionais porque, sem reformas no sistema internacional, o seu declínio apenas se acelerará, a distribuição da riqueza será ainda mais injusta e a resolução de conflitos será ainda mais difícil”, acrescentou.

Realçando que o mundo “não necessita de conflitos inúteis”, o presidente do Conselho Europeu considerou ser “inaceitável que os direitos humanos sejam violados diariamente, como em Gaza”, quando se assinalam quase dois anos da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas, que já causou milhares de mortos e centenas de feridos devido aos ataques israelitas.

“Devemos pôr fim a esta catástrofe humanitária e trabalhar para implementar a solução dos dois Estados no Médio Oriente”, apelou. De igual forma, o responsável português adiantou ser “inaceitável que as fronteiras sejam redesenhadas pela força das armas, como acontece na Ucrânia”, apelando a uma “paz justa e duradoura”.

Além disso, classificou como “inaceitável que a guerra se sobreponha ao diálogo, como no Sudão e na República Democrática do Congo”, apelando à “boa vontade dos líderes para acabar com a guerra e iniciar uma era de paz”.

 

Imagem: © 2025 Malton Dibra / EPA
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