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ToggleAngola: PR Diz Que Agricultura é Fundamental
Segundo o Presidente de Angola, João Lourenço, A agricultura é a espinha dorsal do desenvolvimento económico de África. Durante a sua intervenção de hoje, na Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, realizada em Kampala, Uganda, o líder angolano reforçou a necessidade de colocar o sector agrícola no centro das prioridades das nações africanas.
Este apelo surge numa altura em que Angola se prepara para assumir a presidência rotativa da União Africana (UA) em Fevereiro. João Lourenço alertou ainda que os compromissos assumidos na Declaração de Malabo, assinada em 2014, ainda estão longe de serem concretizados.
Este documento que previa a atribuição de pelo menos 10% dos orçamentos nacionais à agricultura, continua a ser um desafio para grande parte dos países do continente. A agricultura, segundo o Presidente angolano, é essencial para garantir a segurança alimentar e também é a chave para o crescimento económico inclusivo em África.
Além disso, o Presidente angolana destacou a importância de criar condições para atrair mais investimentos para o sector, sublinhando a mecanização agrícola, o desenvolvimento de infraestruturas rurais, a certificação de sementes e a implementação de sistemas de irrigação como medidas urgentes e essenciais.
Para João Lourenço, o sucesso no desenvolvimento agrícola será determinante para alcançar a auto-suficiência alimentar e aumentar a capacidade de exportação de produtos agrícolas.
Prioridade Nacional
Durante o discurso, João Lourenço foi categórico ao afirmar que África não pode continuar a depender de importações para suprir as suas necessidades alimentares.
“Devemos colocar a agricultura entre as mais importantes prioridades de cada uma das nossas nações, pois nela reside a base do desenvolvimento das nossas economias, da segurança alimentar e o caminho para o crescimento inclusivo”, frisou.
Este apelo reforça a visão do líder angolano de que o futuro de África depende, em grande medida, da sua capacidade de explorar as potencialidades do sector agrícola. O Presidente destacou ainda que o alcance deste objectivo exige esforços coordenados por parte dos países africanos e das instituições continentais, como a UA.
Para isso, defendeu a necessidade de aprovar uma Estratégia e Plano de Acção do Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África para o período de 2026 a 2035. Este plano deve ser orientado para a atracção de investimentos e para a criação de condições que garantam a auto-suficiência alimentar.
João Lourenço, sublinhou a relevância de promover a mecanização da agricultura como forma de aumentar a produtividade e de melhorar a competitividade dos produtos agrícolas africanos no mercado internacional. Também apelou à certificação de sementes e ao desenvolvimento de infraestruturas de irrigação, medidas que considera cruciais para superar os desafios enfrentados pelo sector.
Outro ponto destacado pelo Presidente foi a necessidade de respeitar os compromissos assumidos na Declaração de Malabo, particularmente a alocação de 10% dos orçamentos nacionais ao sector agrícola. Para João Lourenço, cumprir esta meta é fundamental para assegurar que a agricultura desempenhe o papel estratégico que lhe cabe no desenvolvimento económico do continente.
A Presidência de Angola UA
Angola assumirá, em Fevereiro, a presidência rotativa da UA, um marco que poderá ser decisivo para implementar as propostas defendidas por João Lourenço.
O Presidente angolano prometeu empenhar-se em trabalhar com os Estados-Membros para integrar os planos nacionais de investimento agrícola na estratégia continental, garantindo, assim, a sua execução de forma eficaz e coordenada.
Para além disso, João Lourenço salientou a importância de fortalecer a cooperação entre os países africanos e os parceiros internacionais, com vista a mobilizar recursos financeiros e tecnológicos para a agricultura em África.
Este esforço, segundo o Presidente, deve ser acompanhado de políticas que incentivem a produção local de fertilizantes e adubos, essenciais para melhorar a qualidade e a quantidade das colheitas.
O líder angolano destacou ainda a relevância da criação de um ambiente favorável ao investimento privado no sector agrícola. Este ambiente deve incluir incentivos fiscais, garantias de acesso ao crédito e a promoção de parcerias público-privadas que ajudem a dinamizar o sector e a atrair investidores.
No contexto da sua futura liderança na UA, João Lourenço também propôs a criação de mecanismos que permitam monitorizar e avaliar os progressos feitos na implementação dos compromissos da Declaração de Malabo. Para o Presidente, é essencial que os países africanos mostrem resultados concretos e mensuráveis no desenvolvimento do sector agrícola.
Conclusão
O discurso de João Lourenço na Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da UA destacou a urgência de colocar a agricultura no centro das prioridades das políticas públicas em África.
O Presidente angolano deixou claro que o desenvolvimento económico do continente depende da capacidade de explorar o potencial agrícola, garantindo a auto-suficiência alimentar e promovendo o crescimento inclusivo.
À medida que Angola se prepara para assumir a presidência da UA, o compromisso de João Lourenço em promover o sector agrícola como um pilar estratégico para o desenvolvimento de África ganha ainda mais relevância. Este é um momento decisivo para Angola e para o continente, que deve unir esforços para transformar a agricultura num motor de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
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Imagem: © 2025 Rafael Tati / Edições Novembro