Angola: Aumentar a Produção Nacional.
Segundo José de Lima Massano, Angola tem força de trabalho e condições climáticas favoráveis para o aumento da produção agrícola e agropecuária.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica fez essa afirmação na 11.ª edição do CaféCIPRA, realizada esta quarta-feira, 10 de Janeiro, no auditório do Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA).
José de Lima Massano disse ainda que o país tem histórico de dedicação, de empenho, e alguma capacidade financeira, que não é desprezível, apesar das dificuldades que são conhecidas. Portanto, “temos condições para pudermos fazer melhor”, declarou.
Com a aprovação do Orçamento Geral do Estado, acrescentou, entram em vigor um conjunto de medidas já iniciadas em 2023, para o país alcançar, de forma acelerada, uma economia que melhore a condição de vida dos angolanos.
Durante o CaféCIPRA, com o tema “Impacto do investimento privado no sector produtivo”, os facilitadores abordaram as medidas em curso no sector produtivo e os projectos por implantar, para o aumento da produção nacional, maior oferta de bens e serviços, baixa de preços, aumento das exportações, redução das importações e do nível de inflação e aumento do crescimento económico.
José de Lima Massano entende que o ritmo de crescimento da população e suas necessidades está muito acima daquilo que o sector é capaz de oferecer aos cidadãos, daí a necessidade de se avançar com os programas de diversificação da economia e de aumento da produção interna de bens.
“Este é o exercício que estamos a fazer, capitalizando o trabalho que vem lá de trás”.
“Nós adoptamos o PRODESI como programa para acelerar a diversificação da economia, mas antes mesmo do PRODESI também alguns investimentos importantes foram sendo realizados na indústria transformadora, por exemplo, e que há necessidade de capitalizarmos”, precisou.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica lembrou que o mercado angolano nem sempre conseguiu tirar benefício das capacidades que foram sendo instaladas, porquê foram montadas com dependência externa. Ou seja, a matéria-prima é essencialmente importada, mesmo o país tendo capacidade de produção.
José de Lima Massano disse ainda que o modelo de economia de mercado abraçado pelo Governo angolano faz-se com operadores privados.
“Nós vamos continuar a actuar em alguns sectores com alguns instrumentos que temos, mas há que potenciar esse sector privado e há que reconhecer aquilo que o sector privado até aqui foi capaz de fazer”, concluiu.
O CaféCIPRA, um espaço de diálogo directo entre governantes e governados, teve como facilitadores o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, os ministros da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, e da Indústria e Comércio, Rui Miguéns de Oliveira, e o PCA da AIPEX, Lello Francisco.
Imagem: © 2023 CIPRA