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ToggleSundowns e Pyramids Empatam na Primeira Mão
Os sul-africanos do Mamelodi Sundowns empataram 1-1 com os egípcios do Pyramids FC este sábado em Pretória. Lucas Ribeiro abriu o marcador aos 54 minutos, mas Walid El Karti igualou aos 90+4. A segunda mão vai decorrer a 1 de Junho no Estádio 30 de Junho, no Cairo. Miguel Cardoso, o técnico português dos Sundowns, enfrenta a sua segunda final consecutiva da competição.
A final da Liga dos Campeões africana começou com intensidade no Estádio Loftus Versfeld, em Pretória. Os Sundowns, actuais campeões sul-africanos, dominaram a posse de bola, mas falharam em garantir a vitória. O Pyramids FC, apoiado por investidores sauditas, mostrou grande capacidade de resistência ao conseguir o empate. A igualdade mantém viva a esperança de ambas as equipas para o título.
Miguel Cardoso que na época passada perdeu a final com o Esperánce de Tunis, procura assim obter o seu primeiro título continental. O português tornou-se o oitavo treinador luso a chegar à decisão, seguindo o legado de Manuel José e Jaime Pacheco. A equipa egípcia, fundada em 2008, ambiciona erguer a taça pela primeira vez na sua história.
O golo de Lucas Ribeiro surgiu após insistência na área egípcia, com o brasileiro a finalizar de forma colocada. A defesa dos Sundowns, porém, vacilou num cruzamento aos 90+4, permitindo a El Karti cabecear para as redes. O resultado reflecte o equilíbrio entre as duas equipas que se reencontram agora no Cairo, dentro de duas semanas.
O Jogo Decisivo
A primeira parte foi marcada por um estudo táctico, com ambas as equipas a evitarem riscos defensivos. Os Sundowns controlaram 62% da posse de bola, mas sem criarem oportunidades claras. O Pyramids FC apostou em contra-ataques rápidos, utilizando a velocidade de Fagrie Lakay e Mostafa Fathi. O guarda-redes Ronwen Williams destacou-se com duas defesas importantes antes do intervalo.
Aos 54 minutos, Lucas Ribeiro aproveitou um ressalto na área após um remate de Peter Shalulile. O brasileiro ajustou o corpo e colocou a bola no canto esquerdo da baliza, fora do alcance do guardião Ahmed El Shenawy. A celebração efusiva da equipa da casa sugeria uma vitória próxima, mas o destino reservavou reviravoltas.
Os sul-africanos pressionaram para ampliar, com Shalulile a desperdiçar duas chances claras aos 67 e aos 73 minutos. O Pyramids reagiu aos 80 minutos, substituindo o lesionado Ramadan Sobhi por Mohanad Lasheen. A mudança provou ser crucial: Lasheen cruzou da direita aos 90+4, e El Karti surgiu sozinho para cabecear para golo.
O estádio, antes em êxtase, ficou em silencio com o golo egípcio. A igualdade mantém o Pyramids na corrida pelo título, graças à regra dos golos fora de casa (abolida em 2021). A equipe de Miguel Cardoso precisará de uma vitória ou de um empate com golos no Cairo para levantar o troféu.
Contexto Histórico
Os Sundowns procuram alcançar o segundo título da Liga dos Campeões Africanos, após a conquista histórica em 2016. O clube sul-africano é o único representante do país no próximo Mundial de Clubes da FIFA. Já o Pyramids FC, apoiado financeiramente desde 2018, por investidores sauditas, quer consolidar-se como uma potência continental.
Miguel Cardoso segue os passos de Manuel José, lenda portuguesa no Al Ahly com quatro títulos africanos. A presença lusa na final repete-se pela oitava vez, destacando a influência dos treinadores portugueses no continente. Jaime Pacheco, em 2002, foi o último a vencer com o clube egípcio (Zamalek).
A final no Cairo promete ser um duelo táctico, com o Pyramids a jogar em casa perante 30.000 adeptos. Os Sundowns contam com a experiência de jogadores como Williams e Ribeiro, decisivos em momentos-chave. O vencedor irá arrecadar a quantia de 4 milhões de dólares.
O Pyramids está a jogar a Liga dos Campeões Africanos pela segunda vez, enquanto o Sundowns já participou por 17 vezes, incluindo a vitória sobre o Zamalek, do Egipto, na decisão do título de 2016. Depois da final, o Sundowns mudará o seu foco para o Mundial de Clubes de 2025 nos EUA, onde enfrentará o Fluminense, o Borussia Dortmund e o Ulsan, da Coreia do Sul, no Grupo F.
Conclusão
O empate em Pretória deixa a final da Liga dos Campeões Africanos em aberto. Os Sundowns precisam de evitar a derrota no Cairo para garantir o título, enquanto que o Pyramids aposta no factor casa. Miguel Cardoso enfrenta o desafio de superar o trauma da final perdida em 2023.
A competição que celebra o melhor do futebol africano, reforça a importância do investimento e do planeamento do futebol em África. Seja qual for o vencedor, a final no Egipto promete ser um marco na história do continente.
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Imagem: © 2025 Phill Magakoe / AFP