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ToggleFim do Sonho Africano no Mundial de Futebol de Praia
O sonho africano terminou no Mundial de Futebol de Praia, a decorre nas Seychelles, com a selecção do Senegal a perder por 5-2 contra a Bielorrússia nas meias-finais deste sábado. O jogo, disputado no Paradise Arena de Victoria, afastou a equipa africana da primeira final da sua história. Resta agora a luta perlo terceiro lugar que será contra Portugal.
A equipa, campeã africana, mostrou solidez nos jogos anteriores, eliminando a Itália nos quartos-de-final. Porém, os erros defensivos e a eficácia da bielorrussa inverteram o panorama. A partida começou com oportunidades desperdiçadas pelo Senegal, incluindo uma falha clara de Mamadou Sylla aos 11 minutos.
Mikhail Avgustov abriu o marcador para a Bielorrússia, aproveitando um recuo mal controlado pelo guarda-redes Al-Seyni Ndiaye. Sidy Fall igualou pouco depois, mas a reacção africana durou apenas um período. No segundo terço, os europeus dominaram com três golos rápidos.
Ihar Bryshtsel e Aleh Hapon ampliaram a vantagem, enquanto os senegaleses perderam a organização. Mamour Diagne reduziu no último período, mas Vadzim Bokach encerrou as esperanças africanas. A equipa deixou a arena com a amargura de uma oportunidade histórica perdida.
Na outra meia-final, Portugal perdeu com o Brasil por 4-2. Desta forma, o Brasil, seis vezes campeão desde de que a prova passou a ser organizada pela FIFA, vai encontrar na final, a realizar-se amanha Domingo, 11 de Maio de 2025, a selecção da Bielorrússia.
O Jogo Decisivo
A meia-final do Mundial de Futebol de Praia, colocou frente a frente duas equipas sem títulos mundiais, mas com ambições distintas. O Senegal, líder do futebol de praia africano, enfrentou uma Bielorrússia em ascensão. Os primeiros minutos revelaram nervosismo, com falhas técnicas de ambos os lados. A abertura do marcador por Avgustov aos 9 minutos deu confiança aos europeus.
A resposta senegalesa veio através de Sidy Fall, que aproveitou um cruzamento preciso de Ninou Diatta. O empate durou pouco: Bryshtsel converteu um livre directo aos 15 minutos, expondo a fragilidade defensiva africana. Hapon ampliou a vantagem com um remate de trivela e Bryshtsel voltou a marcar antes do intervalo.
No último período, o Senegal pressionou, mas a falta de precisão nas finalizações custou caro. Mamour Diagne reduziu para 4-2, reacendendo brevemente a esperança. Bokach, porém, liquidou o jogo com um golo nos minutos finais. Os africanos terminaram com nove faltas cometidas, contra cinco dos adversários.
Consequências Continentais
A eliminação do Senegal do Mundial de Futebol de Praia, representa um revés para o futebol de praia africano. O continente, por ter relevância neste desporto. Nas últimas quatro edições, apenas o Senegal chegou às meias-finais, sem nunca alcançar a final. A derrota reforça a necessidade de investimento em infraestruturas e formação.
Comparativamente, a Europa e a América do Sul mantêm a hegemonia, com o Brasil, Portugal e Rússia como potências. A Bielorrússia, agora finalista, mostra como equipas menos tradicionais podem evoluir com um bom planeamento. A África, apesar dos talentos individuais, carece de estratégias colectivas sólidas.
O terceiro lugar, a disputar contra Portugal, é a última meta do Senegal. Uma vitória garantiria a primeira medalha de bronze da história africana na modalidade. Porém, a ausência de Mandione Diagne, suspenso, complica a tarefa. O continente espera um gesto de redenção antes do fim do torneio.
Portugal vs Brasil
Portugal perdeu por 4-2, com o Brasil, o jogo das meias-finais do Mundial de Futebol de Praia, disputado em Victoria, nas Ilhas Seicheles. A seleção lusa inaugurou o marcador aos oito minutos, por intermédio de Bernardo Lopes, tendo o Brasil dado a volta ao resultado com os golos de Thanger (13 minutos) e Filipe (16 minutos).
Aos 19 minutos, André Lourenço colocou o resultado em 2-2, mas os golos de Rodrigo (28 minutos) e Catarino (32 minutos) empurraram a equipa portuguesa, actual campeã da Europa e vencedora em três ocasiões do Mundial (2001, 2015 e 2019, as duas últimas sob a égide da FIFA), para o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares frente ao Senegal, neste domingo.
Conclusão
O Mundial de Futebol de Praia 2025 confirma a distância entre África e as elites do desporto. O Senegal, embora talentoso, sucumbiu a erros críticos e à pressão do momento. A Bielorrússia, finalista inédita, prova que a evolução táctica supera a mera habilidade individual.
Para o continente, o desafio reside em transformar o potencial em resultados. O investimento em academias e a participação em torneios internacionais são passos urgentes. Enquanto isso, o Senegal carrega o peso de uma geração que prometeu, mas não cumpriu.
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Imagem: © 2025 CAF