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Segunda-feira, Outubro 20, 2025

FMI: É Prioritário Mobilizar Recursos Internos Em África

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e os ministros das Finanças africanos, reunidos hoje em Washington, defendem que a mobilização dos recursos internos deve ser “uma prioridade central” para angariar mais receita e financiar investimentos que promovam crescimento económico.

FMI: É Prioritário Mobilizar Recursos Internos Em África


Num comunicado, divulgado no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial que decorrem esta semana na capital dos Estados Unidos da América (EUA), Washington, assumem que:

“As estratégias orçamentais de médio prazo terão como objectivo equilibrar a consolidação com o crescimento e criar espaço para investimentos prioritários, complementados por reformas estruturais para promover o desenvolvimento do sector privado, aprofundar a integração comercial e gerar empregos”.

No texto do comunicado, defendem que também é essencial construir uma maior resistência aos choques climáticos, uma vez que os eventos climáticos extremos já estão a reduzir a produção em um a dois pontos percentuais anualmente nas economias mais vulneráveis.

Numa declaração emitida pela directora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva e pelo ‘caucus’ africano que representa os ministros das Finanças dos países da região, também se lê:

“O reforço da mobilização de recursos internos continua a ser uma prioridade central, apoiada por reformas de governação para melhorar a gestão das finanças públicas, aumentar a transparência fiscal e reforçar a responsabilização”.

Num “contexto global difícil”, os responsáveis salientam o crescimento de África acima dos 4%, a estabilização do rácio da dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB) nos 65% e a redução da inflação para uma média de 4%, mas reconhecem que há muitos desafios.

As vulnerabilidades continuam a ser significativas: em muitos países com rendimentos baixos, os pagamentos dos juros absorvem cerca de 15% das receitas, enquanto o financiamento externo é limitado pelos elevados custos de financiamento e pela diminuição da ajuda oficial.

Esta situação ainda é mais clara num contexto em que os Estados frágeis e afectados por conflitos enfrentam desafios particularmente graves e o rendimento ‘per capita’ em muitos países ainda não recuperou os níveis pré-pandemia.

O FMI tem em curso uma reforma da sua capacidade de financiamento para os países mais pobres, tendo lançado nos últimos anos um conjunto de iniciativas para facilitar os desembolsos e aumentar os instrumentos de ajuda financeira.

Entre estas medidas está a criação do Fundo Fiduciário para a Redução da Pobreza e o Crescimento que deverá garantir empréstimos anuais de mais de sete mil milhões de dólares, cerca de seis mil milhões de euros, aos países mais pobres que beneficiarão de maturidades mais longas e financiamento sem juros.

Para além disso, o Fundo Fiduciário para a Capacidade de Recuperação e Sustentabilidade (RST), destinado a fortalecer as economias particularmente afectadas por desafios estruturais e que tem como objectivo fortalecer a preparação para pandemias e construir resiliência climática, com 26 programas aprovados até o momento, quase metade deles em África.

 

Imagem: © 2025 Will Oliver
Lusa - Agência de Notícias de Portugal
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