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Sexta-feira, Outubro 18, 2024

Guiné-Bissau Recebe Arroz Para 180 Mil Alunos

Um projetco-piloto quer abastecer escolas de peixe seco ou fumado, mas a conservação de grandes quantidades permanece um desafio.

Guiné-Bissau Recebe Arroz Para 180 Mil Alunos


A Guiné-Bissau é um dos beneficiários de uma doação de 2,4 mil toneladas de arroz, que serão distribuídas ao longo deste ano letivo pelo Programa Alimentar Mundial (PMA).

Este apoio alimentar destina-se a fornecer refeições a 180 mil alunos em 852 escolas espalhadas por todo o país, fortalecendo a segurança alimentar e promovendo a educação ao garantir que as crianças tenham acesso a uma alimentação adequada enquanto frequentam as aulas.

O donativo de arroz faz parte de um esforço mais amplo do PMA, que totaliza 11,5 mil toneladas de alimentos básicos, destinados a suprir as necessidades nutricionais de diversas populações vulneráveis na África Ocidental.

Além da Guiné-Bissau, este programa de assistência alimentar também beneficiará refugiados do Mali e 107 mil crianças também terão auxílio nos vizinhos, Mauritânia e Serra Leoa, regiões que enfrentam uma emergência alimentar crítica devido a uma combinação de crises climáticas, insegurança e altos custos de vida.

Ao fornecer esta ajuda crucial, o PMA contribui para a melhoria da frequência e retenção escolar, criando uma rede de segurança para as famílias mais vulneráveis. O impacto desta assistência alimentar vai além da simples entrega de alimentos; ela representa uma tábua de salvação para milhares de crianças, oferecendo-lhes uma oportunidade de um futuro mais estável e promissor.

 

Cantinas Escolares


Imagem: © 2024 PMA (20240821) Guiné-Bissau Recebe Arroz Para 180 Mil AlunosO PMA fornece refeições quentes a 180 mil alunos de 852 escolas em todo o país lusófono. Com o arroz anunciado deverão ser cobertas as necessidades dos centros de ensino guineenses durante seis meses.

Em conversa com a ONU News, em Bissau, a especialista do Programa de Cantinas Escolares da agência, Talismã Dias, contou que o arroz vem compor um lote de sardinha enlatada do Japão e de outros alimentos de aquisição local que começa em Setembro.

“As pessoas questionam: numa Guiné-Bissau com mar, vocês recebem e entregam sardinha enlatada nas escolas?”

“Sim, porque não temos condições de colocar nas escolas peixe fresco devido a fatores que o PMA não controla, como ter energia nas escolas e frigoríficos”.

“A energia ainda não chegou às comunidades rurais”.

O foco da aquisição local de produtos será o feijão, tubérculos e mais arroz para cobrir todo o ano lectivo.

 

Aumentar a retenção escolar


A agência considera oportuna e crucial a contribuição feita após um período de escassez de alimentos para aumentar a frequência e a retenção escolar dos alunos.

A distribuição de refeições nas escolas e rações para levar para casa são uma rede de segurança para famílias vulneráveis, incentivam os pais a manterem os filhos na escola, aumentam a atenção e atenuam o abandono escolar.

A primeira assistência recebida, vinda da Coreia, foi para três países da África Ocidental e visava elevar a “esperança aos refugiados e aos jovens estudantes que enfrentam graves crises alimentares na região”.

Talismã Dias destaca a previsão das compras locais para o ano letivo 2024/2025.

 

Peixe Seco ou Fumado


Um projeto-piloto quer abastecer escolas de peixe seco ou fumado, mas a conservação de grandes quantidades permanece um desafio.

A contribuição ocorre num contexto em que os efeitos da crise climática, conflitos, insegurança e altos custos dos combustíveis tornam os alimentos inacessíveis para milhões de famílias vulneráveis na região.

“A nossa previsão é uma coisa e a realidade é outra, porque vai depender do que as cooperativas entregam”.

“São 250 toneladas de arroz local, mais duzentas toneladas de feijão”.

“A produção nacional ainda não consegue suprir as nossas necessidades por isso continuamos a fazer meio a meio com doações internacionais”.

Dados do Quadro Harmonizado, publicado em Março de 2024, indicam que 2,3 milhões de mulheres, homens e crianças enfrentam fome aguda nestes países durante o período de escassez que vai de Junho a Agosto.

Na Guiné-Bissau, a agência da ONU actua com 12 cooperativas de pequenos agricultores na aquisição de produtos locais e perspectiva aumentar a produção para cobrir as necessidades da Cantina Escolar e o consumo das populações.

Para que as raparigas se mantenham na escola, o PMA entrega arroz para que as alunas do quinto e sexto ano levem para casa. Outras beneficiárias são as crianças com deficiência para envolver um número delas ao sistema formal do ensino.

 

Assistência complementar


Imagem: © 2024 PMA (20240821) Guiné-Bissau Recebe Arroz Para 180 Mil AlunosNa Mauritânia, a contribuição vai complementar a assistência aos refugiados malianos no campo de Mbera durante 11 meses. Parte da ajuda será utilizada para fornecer refeições escolares a 7,7 mil crianças refugiadas e 46,8 mil menores integrantes das comunidades de acolhimento durante nove meses.

A doação apoia ainda a resposta às necessidades alimentares e nutricionais de 106,7 alunos em 494 escolas primárias da Serra Leoa. Para o PMA, o donativo é “uma tábua de salvação” para pessoas duramente afetadas por múltiplas crises.

 

Conclusão


O apoio do Programa Alimentar Mundial (PMA) à Guiné-Bissau, com a doação de 2,4 mil toneladas de arroz, representa uma intervenção crucial num contexto de vulnerabilidade alimentar e desafios logísticos.

Ao assegurar refeições escolares para 180 mil alunos em 852 escolas, o PMA não só contribui para a nutrição das crianças, mas também promove a retenção e frequência escolar, mitigando o risco de abandono.

Esta ajuda torna-se ainda mais significativa num panorama marcado por crises climáticas, insegurança alimentar e dificuldades económicas que afectam milhões de pessoas na África Ocidental.

A integração de doações internacionais com a produção local, apesar das limitações, demonstra o compromisso do PMA em fortalecer a segurança alimentar nas comunidades rurais da Guiné-Bissau, oferecendo um caminho de esperança para as futuras gerações.

As iniciativas, como o projeto-piloto de abastecimento de peixe seco ou fumado, sublinham a adaptabilidade da agência em face às limitações locais, procurando soluções sustentáveis para enfrentar os desafios alimentares no país.

 

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Imagem: © 2024 PMA
UN News

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