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Terça-feira, Novembro 26, 2024

Elon Musk Despediu Os Funcionários Africanos

“É difícil quando o homem mais rico do mundo vos deve dinheiro e não paga” – Ex-funcionário do Twitter.

Elon Musk Despediu Os Funcionários Africanos.

Elon Musk está no centro de uma batalha legal com os ex-funcionários africanos do Twitter, agora conhecido como X que tem levado a ameaças de processos legais devido à alegada falta de pagamento das indemnizações prometidas.

Estes trabalhadores, muitos dos quais tinham apenas alguns meses de serviço na empresa, foram despedidos sem justa causa e viram-se numa luta árdua para receberem o que lhes é devido.

Esta polémica reflete não apenas as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores africanos, mas também as controvérsias que envolvem a gestão da empresa sob a liderança de Elon Musk, reveladas agora num documentário recente da BBC.

 

O Silêncio de Elon Musk

Imagem © 2023 DR (20231105) Elon Musk Despediu Os Funcionários AfricanosOs trabalhadores despedidos pelo Twitter em África, ameaçam processar Elon Musk por não cumprir o pagamento da indemnização que lhes foi prometida. A maioria estava no emprego apenas há alguns meses quando a plataforma de rede social, agora conhecida como X, os informou de que estavam despedidos.

“É difícil quando o homem mais rico do mundo vos deve dinheiro e não paga”.

Disse um dos trabalhadores despedidos em entrevista à BBC que tentou contactar a X várias vezes para obter comentários às acusações, mas a única coisa que obteve, entre outras coisas, foi um emoji sorridente de cocó. Note-se que anteriormente, a empresa já tinha afirmado ter pagado aos ex-funcionários na íntegra, mas, no entanto, o que está em causa, são as indemnizações devidas.

Elon Musk, que assumiu a empresa no ano passado, embarcou numa grande redução global de funcionários, despedindo mais de 6.000. Ele tinha dito que estava a perder mais de 4 milhões de dólares por dia. O contingente africano, cerca de 20 funcionários, tinha acabado de se mudar para o novo escritório da X em Acra, Gana, após oito meses a trabalharem em casa durante a pandemia do Covid-19.

Os trabalhadores despedidos, na entrevista que deram à BBC afirmaram que o tratamento da X prejudicou a sua saúde mental e as finanças familiares. Inicialmente, foi-lhes dito que, embora os contratos estivessem a ser terminados, seriam pagos para trabalhar mais um mês.

No entanto, foram imediatamente impedidos de aceder aos seus emails da empresa e não foram feitos mais pagamentos de salários nem receberam nenhuma compensação pelo ocorrido.

 

A representação Legal

Os funcionários recorreram a uma empresa de advogados para os representarem e, desde então, tem estado envolvidos numa frustrante luta legal de mais de um ano com a X e Elon Musk, para receberem as compensações devidas.

“Cada vez que nos aproximamos, eles ficam em silêncio durante semanas a fio sem explicação”.

“Passou um ano desde que foram todos despedidos, ignorando um pacote de indemnização contractual que se destina a proteger os funcionários contra efeitos adversos de um eventual despedimento”.

Confidenciou Carla Olympio, da empresa Seven Seven que representa legalmente os funcionários despedidos. Em Setembro, ambas as partes concordaram que todas as discussões e um acordo teriam de ser concluídos até 5 de Outubro, no máximo. Mas, segundo a empresa Seven Seven, esta foi a mais recente de muitas datas-limite ignoradas pela X.

Em Julho, a BBC informou que os ex-funcionários africanos alegaram que a X os tinha “ignorado” no meio das negociações, deixando-os sem pagamento de indemnização e outros benefícios, como seguro de saúde, opções de ações e licenças não remuneradas.

Alguns deles tinham sido contratados de países vizinhos como a Nigéria. O encerramento dos contratos significou que ficaram retidos no Gana, sem condições de sustentabilidade, depois de se terem mudado para lá com as suas famílias.

 

Despedimento em Massa

Imagem © 2023 DR (20231105) Elon Musk Despediu Os Funcionários AfricanosNuma rara entrevista, em Abril deste ano, Elon Musk disse à BBC que a X, tem agora, apenas 1.500 funcionários, em comparação com os quase 8.000 na altura da aquisição do Twitter.

Quando a notícia da radical redução de pessoal se tornou pública, Elon Musk tuitou que os funcionários despedidos receberam uma indemnização de três meses. Mas os funcionários despedidos, do escritório africano, afirmam que não receberam nada.

Segundo a empresa Seven Seven, a X só começou as negociações com os funcionários africanos despedidos depois de a BBC ter feito a cobertura da história. Mas estas negociações parecem encontrar-se num campo pantanoso e não avançam.

“Estamos agora a concluir acordos com advogados colegas internacionais, para prosseguir o assunto em outras jurisdições, onde a X, talvez seja compelida a fazer a coisa certa”.

“É uma vergonha que o Twitter, desde a aquisição pelo Sr. Elon Musk, aparentemente seja tão relutante em fazer o correcto por esta equipa africana tão pequena”, disse a Sra. Olympio.

Este processo movido pelos funcionários africanos contra a X, é o mais recente de uma série de casos movidos contra a empresa por outros ex-funcionários, alguns dos quais dizem que ainda não foram compensados após a aquisição do Twitter por 44 mil milhões de dólares no ano passado, efectuada por Elon Musk.

 

Esperanças desfeitas

No início deste ano, a X foi alvo de um processo movido por ex-funcionários num tribunal da Califórnia, alegando que a empresa se recusou a pagar pelo menos 500 milhões de dólares em pacotes de indemnização prometidos pelo Twitter.

Globalmente, os casos de arbitragem contra a empresa de Elon Musk, totalizavam mais de 2.200 até Agosto deste ano, de acordo com um relatório da CNBC.

Um antigo membro da equipa africana disse à BBC que estavam cansados de ter as suas esperanças desfeitas. Outro disse que estava em choque, mas permanecia determinado a obter tudo o que lhes era devido.

 

Quem é Elon Musk?

Imagem © 2023 DR (20231105) Elon Musk Despediu Os Funcionários AfricanosO CEO da X, Tesla e SpaceX é a pessoa mais rica do mundo e usa a sua plataforma, para manifestar as suas opiniões sobre uma vasta gama de tópicos.

Recentemente, participou, no Reino Unido, na primeira cimeira global sobre segurança da Inteligência Artificial (IA), apesar de anteriormente defender que a IA poderia levar à extinção da humanidade – sem dar detalhes sobre como acreditava que isso poderia realmente acontecer.

Desde que “irrompeu” no Vale do Silício há mais de duas décadas atrás, o empreendedor “em série”, de 52 anos manteve o público cativado com as suas façanhas empresariais.

Nascido em Pretória, África do Sul, Elon Musk mostrou as suas habilidades para o empreendedorismo muito cedo, a vender ovos de Páscoa caseiros, de porta em porta com o seu irmão e desenvolvendo o seu primeiro jogo de computador aos 12 anos.

Ele descreveu a sua infância como difícil, afetada pelo divórcio dos seus pais, pelo bullying na escola e pela sua própria dificuldade em apanhar pistas sociais devido ao Síndrome de Asperger, de que sofre.

Logo que teve uma oportunidade, saiu de casa para a faculdade, mudando-se para o Canadá e depois para os EUA, onde estudou economia e física na Universidade da Pensilvânia, uma universidade da Ivy League.

Num ensaio de 2010 para a Marie Claire, a sua primeira esposa, Justine Musk, uma escritora que ele conheceu na faculdade e com quem casou em 2000, escreveu que mesmo antes de fazer milhões, Elon Musk, não é homem para aceitar um não como resposta.

“A vontade de competir e dominar que o tornou tão bem-sucedido nos negócios, não se desliga magicamente quando chega a casa”.

Recordou, ela acrescentando que ele lhe disse ao ouvido, enquanto dançavam a primeira dança no seu casamento, de que ele era o alfa na relação.

 

Conclusão

A falta de transparência e as alegadas violações dos direitos dos trabalhadores neste caso levantam preocupações sérias sobre a ética empresarial e responsabilidade social da empresa X (antigo Twitter). A resposta evasiva da empresa, incluindo o uso de emojis em vez de comunicar de forma adequada com os ex-funcionários, apenas piora a situação.

Este é só mais um exemplo de como as grandes empresas multinacionais se comportam em relação aos funcionários africanos e de como as suas ações podem ter impactos significativos nas vidas dos trabalhadores. A resolução deste problema, é crucial para garantir a justiça, o respeito e a dignidade dos funcionários. Elon Musk, sendo africano, devia ser o primeiro a respeitar os outros africanos.

 

O que achas deste despedimento da empresa X, efectuados por Elon Musk? Queremos saber a tua opinião, não hesites em comentar e se gostaste do artigo partilha e dá um “like/gosto”.

 

Imagem: © 2023 DR
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