O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, afirmou hoje que África vai-se tornar líder mundial na produção de Hidrogénio Verde, com previsões de criação de dois a quatro milhões de empregos até 2050.

“O nosso querido continente, África, berço da humanidade, encontra-se numa posição privilegiada para se tornar um actor-chave no Hidrogénio Verde, graças aos seus abundantes recursos renováveis”.

“O Hidrogénio Verde é uma forma de combinar a riqueza mineral de África com a nossa dotação de energia renovável para descarbonizar as indústrias pesadas”.

“Desta forma, vamos criar emprego, estimular o investimento e impulsionar o crescimento inclusivo transfronteiriço”.

Afirmou Ramaphosa na Cimeira Africana sobre Hidrogénio Verde que se realiza na Cidade do Cabo (sudoeste da África do Sul), no primeiro dia do fórum que termina na sexta-feira.

O Presidente observou ainda que a crescente procura mundial por Hidrogénio limpo, à medida que os países descarbonizam as suas indústrias, transportes e sistemas energéticos, apresenta “oportunidades ilimitadas” para o continente.

O Hidrogénio Verde refere-se à produção de Hidrogénio gerada por energias renováveis de baixas emissões, como a solar e a eólica. Esta tecnologia baseia-se na geração de Hidrogénio – um combustível universal – através de um processo químico chamado electrólise.

Este método utiliza a corrente eléctrica para separar o Hidrogénio do oxigénio existente na água, pelo que, se essa electricidade for obtida a partir de fontes renováveis, produz-se energia sem emitir dióxido de carbono para a atmosfera.

Para aproveitar as oportunidades, o líder sul-africano defendeu o estabelecimento de ambientes políticos e regulatórios adequados e o avanço no desenvolvimento de sistemas regionais de certificação, corredores de Hidrogénio e plataformas de exportação de produtos verdes.

Foi criada para o efeito a Aliança Africana para o Hidrogénio Verde que reúne vários países como o Egipto, o Quénia, a Mauritânia, a Namíbia, o Marrocos e a África do Sul.

Foram anunciados mais de 52 projectos de Hidrogénio Verde em grande escala em todo o continente” destacou Ramaphosa, acrescentando que a Aliança pretende produzir “entre 30 e 60 milhões de toneladas de Hidrogénio Verde até 2050”.

Em termos de postos de trabalho, estes projectos podem significar a criação, entre dois e quatro milhões de novos empregos nos Estados-membros da Aliança até 2050.

 


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