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ToggleA receita secreta do KFC África foi revelada
O grande segredo do KFC África foi revelado e, não, não é uma mistura de 11 ervas e especiarias, durante décadas, o mundo acreditou que o segredo estava guardado num cofre, mas, afinal, a verdadeira receita secreta não é culinária — é humana. É uma receita de esperança para acabar com a fome infantil.
Chama-se projecto Add Hope e, depois de 16 anos a transformar doações em refeições e fome em esperança, a empresa decidiu abrir ao mundo o código do seu sucesso: uma fórmula de solidariedade partilhada, em honra do Dia Mundial da Alimentação que vai ser celebrado no próximo dia 16 de Outubro.
A 7 de Outubro, no evento The Biggest Hunger Hack, realizado em Joanesburgo, a KFC África surpreendeu o continente ao permitir pela primeira vez acesso aberto ao seu projecto social de maior impacto. Esta decisão histórica marca o início de uma nova etapa: a expansão de um modelo africano de combate à fome infantil para o resto do mundo.
Segundo a KFC, a iniciativo Add Hope é hoje o maior programa de alimentação não governamental da África do Sul, alimentando milhões de crianças todos os anos. Agora, o desafio é outro — partilhar esse modelo com comunidades e empresas globais, tornando a luta contra a fome uma missão colaborativa e sem fronteiras.
O Maior Hack da Fome

O sucesso do Add Hope assenta num princípio simples e poderoso: colaboração. Cada cliente da KFC que adicione dois rands à sua refeição contribui para a transformação social. Esse pequeno gesto, somado à contribuição da própria marca, permite preparar diariamente refeições nutritivas para crianças em situação de vulnerabilidade, espalhadas por milhares de centros de alimentação.
Em 2023, o programa atingiu um marco notável — mil milhões de rands arrecadados desde a sua criação, dos quais mais de 600 milhões foram doados pelo público e 400 milhões pela própria KFC. São números revelam a dimensão do projecto e a força de uma sociedade que acredita que o fim da fome é possível.
Mas o que realmente distingue o Add Hope é a forma como envolve os mais jovens. Durante o evento em Joanesburgo, a Geração Z foi identificada como a chave para o futuro da luta contra a fome. Crescida num continente onde a desigualdade alimentar é uma realidade quotidiana, esta geração traz consigo o domínio da tecnologia, da criatividade e do pensamento sistémico.
É por isso que o projecto está agora nas suas mãos. Jovens programadores, estudantes e empreendedores africanos foram convidados a reinventar a iniciativa, explorando novas soluções digitais e comunitárias para combater a fome infantil. A ideia é transformar o “hackathon” — tradicionalmente um encontro de inovação tecnológica — num movimento social mundial.
Andra Nel, directora de Assuntos Corporativos da KFC África, afirmou que este é um marco simbólico: o momento em que uma marca comercial decide tornar o seu modelo social de acesso aberto, convidando outros a replicá-lo.
O Add Hope deixa de ser apenas um programa corporativo e passa a ser uma plataforma de transformação partilhada, sustentada pela colaboração de empresas, universidades, organizações humanitárias e cidadãos.
Tecnologia e Solidariedade

O The Biggest Hunger Hack decorreu na Universidade de Joanesburgo (UJ) e reuniu dezenas de equipas formadas por jovens inovadores de todo o continente. O objectivo: desenvolver soluções tecnológicas aplicáveis à logística alimentar, ao acompanhamento da nutrição infantil e à gestão sustentável de recursos.
O Vice-Chanceler da UJ, Professor Letlhokwa Mpedi, destacou o carácter transformador da parceria. Para ele, este é um exemplo de como a Quarta Revolução Industrial pode ser posta ao serviço da humanidade, unindo a inovação e a responsabilidade social.
“Estamos ansiosos para ver a diferença tangível que as suas ideias farão para aliviar a fome através da inovação”, afirmou.
A universidade vê nesta colaboração uma oportunidade para demonstrar que o conhecimento académico é mais do que apenas teoria, é uma ferramenta concreta para resolver problemas reais. Das propostas apresentadas, surgiram plataformas digitais para localizar zonas de insegurança alimentar, sistemas inteligentes de redistribuição de alimentos e mecanismos de transparência para as doações.
Estas ideias, a serem testadas nos próximos meses, poderão integrar uma proposta colaborativa a ser apresentada na Convenção Nacional de 2026, com um potencial de financiamento inicial de 1 milhão de rands.
Para a KFC África, esta iniciativa é mais do que uma acção de responsabilidade social, é um investimento estratégico no futuro de África. Ao preparar os jovens e fomentar soluções inovadoras, o projecto procura transformar o combate à fome num motor de desenvolvimento humano e económico.
A Fome Tem Um Nome: Pobreza

Apesar dos avanços, os números continuam alarmantes. A África do Sul figura entre os 20 países responsáveis por 65% da pobreza severa mundial e a fome infantil é o seu reflexo mais cruel. As crianças que não têm acesso a uma alimentação adequada enfrentam dificuldades de aprendizagem, fadiga crónica e défices de crescimento.
Os especialistas presentes no painel do evento foram unânimes: a fome não é apenas um problema de falta de comida, é antes um sintoma profundo da desigualdade social. O Dr. Imtiaz Sooliman, fundador da organização humanitária Gift of the Givers, sublinhou que, em contextos de crise, a primeira palavra que se ouve é sempre “comida”.
A fome, disse, não nasce da catástrofe — ela já estava lá muito antes, silenciosa e invisível. Outros participantes reforçaram a necessidade de atacar as causas estruturais. Luvuyo Sandi, gestor de fundos da Kagiso Trust, lembrou que:
“A razão pela qual uma criança passa fome tem tudo a ver com o rendimento familiar, com o desemprego e com a exclusão económica”.
Já Siya Leshabane, da ONU Mulheres, alertou para o impacto devastador da desnutrição no desenvolvimento cognitivo:
“A má alimentação mina o futuro das crianças e perpetua o ciclo da pobreza”.
O Dr. Marc Aguirre, da HOPE worldwide, foi ainda mais longe, classificando a fome infantil como uma crise de desenvolvimento nacional. Segundo ele, o défice nutricional afecta directamente o Produto Interno Bruto do país, reduzindo a produtividade e comprometendo gerações inteiras.
Uma Solução da Geração Z

O KFC África acredita que as respostas mais duradouras virão dos jovens. A empresa está a preparar uma proposta colaborativa encabeçada por empresas, universidades e organizações da sociedade civil, a ser apresentada na Convenção Nacional de 2026.
Esta proposta reunirá as melhores ideias da hackathon e transformá-las-á num modelo sustentável de combate à fome, criado e liderado pela Geração Z africana. O conceito é simples: abrir o conhecimento, partilhar o impacto, multiplicar os resultados.
É a primeira vez que uma grande empresa sul-africana adopta um modelo de impacto social bem-sucedido de acesso aberto, com o propósito de permitir que qualquer organização no mundo o adapte à sua realidade local.
A KFC África afirma que o objectivo é alimentar um movimento com potencial para acabar com a fome infantil para sempre e esse é um compromisso ético que transcende o negócio e transforma o acto de comer em solidariedade.
“Esta é a receita secreta de que o mundo realmente precisa”.
Afirmou Andra Nel, Directora de Assuntos Corporativos do KFC África.
O KFC África
Presente em África desde 1971, quando abriu o seu primeiro restaurante em Joanesburgo, o KFC é hoje a principal marca de restauração rápida do continente, com mais de 1.400 restaurantes em 22 países subsarianos. O seu icónico frango Original Recipe® é apenas uma parte da história — a outra parte é feita de projectos que alimentam sonhos, talentos e comunidades.
No KFC África, a missão não saciar a fome, é também a de nutrir o potencial humano. Cada refeição servida está ligada a um objectivo social: garantir que ninguém é deixado para trás. A marca investe em programas de formação profissional como a Streetwise Academy que oferece certificação e formação através das Autoridades do Sector da Educação e Formação (SETA).
Com uma taxa de promoção e retenção superior a 75%, o programa é um exemplo de como o investimento em pessoas pode gerar impacto social duradouro. Outras iniciativas, como as bolsas de estudo Ikusasa Lethu e os programas de formação juvenil em vários países africanos, reforçam o papel da marca como agente de transformação.
No total, a KFC África conta com mais de 40.000 colaboradores, sendo considerada uma empresa de referência em ética, inclusão e liderança comunitária. A KFC acredita que o combate à fome começa na mesa, mas termina na dignidade, no conhecimento e na valorização das comunidades.
E é por isso que a sua verdadeira receita secreta não está escondida em nenhum cofre — está nas mãos das pessoas que acreditam que uma refeição pode mudar uma vida. Porque, como a marca sublinha, quando os indivíduos se elevam, as famílias fortalecem-se, as comunidades crescem e as nações transformam-se.
O Add Hope
O Add Hope é muito mais do que um programa de doações — é uma plataforma de mudança social. Desde 2009, o público e a KFC já contribuíram com mais de 1,2 mil milhões de rands, permitindo a distribuição de refeições nutritivas a milhões de crianças em todo o país. A cada cliente que acrescenta 2 rands à sua refeição, acrescenta-se também uma gota de esperança a uma causa colectiva.
É este modelo de microdoação, aliado à transparência e à mobilização comunitária que fez do Add Hope uma das marcas com maior impacto social na África do Sul. O Add Hope, fornece mais de 30 milhões de refeições por ano a crianças em situação vulnerável, apoiando milhares de centros de alimentação e organizações sem fins lucrativos.
Mas o impacto vai além do prato. O programa abre portas a oportunidades educativas, financia projectos de autonomia local e apoia o desenvolvimento desportivo. O programa Mini Cricket, o maior da África do Sul, alcança mais de 120.000 jovens jogadores orientados por 13.000 treinadores voluntários. Alimentar, aqui, significa transformar o futuro.
Conclusão
A revelação da “receita secreta” do KFC África transcende o marketing e posiciona-se como um acto de responsabilidade social com profundo significado humano. Ao transformar um segredo comercial num modelo aberto de combate à fome infantil, a marca demonstra que a verdadeira inovação nasce quando o lucro se alia à empatia.
A abertura do projecto Add Hope ao mundo é, acima de tudo, um convite à acção colectiva — um desafio para governos, empresas e cidadãos unirem esforços na erradicação da fome e na promoção da dignidade humana. A iniciativa “The Biggest Hunger Hack” mostra que a geração jovem africana, detentora de uma visão tecnológica e solidária, é capaz de redefinir o impacto social do século XXI.
O gesto do KFC África é mais do que um contributo — é um manifesto sobre o poder da partilha e da reinvenção. Ao abrir o seu “segredo”, a empresa oferece ao mundo uma lição: que a verdadeira receita do sucesso é aquela que se multiplica em vidas transformadas, em crianças com futuro e em comunidades que, de mãos dadas, aprendem a vencer a fome com humanidade.
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Imagem: © 2025 KFC África