Novas Provas Do Genocídio De Israel Em Gaza
Foram entregues hoje, novas provas do genocídio de Israel na Faixa de Gaza, pela África do Sul, ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, anunciou a Presidência da República sul-africana.
“De acordo com as regras do tribunal, o memorial não pode ser tornado público”.
“A apresentação deste memorial ocorre num momento em que Israel está a intensificar o assassinato de civis em Gaza e agora parece ter a intenção de seguir um caminho semelhante de destruição no Líbano”.
Adiantou o porta-voz Vincent Magwenya, relembrando que A África do Sul apresentou o caso em Dezembro de 2023 à mais alta instância judicial da ONU, acusando Israel de genocídio contra o povo palestiniano no território de Gaza e pedindo ao tribunal que ordene a Israel que ponha termo aos seus ataques.
Pretória indicou que a ação judicial culminou hoje no registo deste “memorial”, afirmando que “documenta como o governo de Israel violou a Convenção do Genocídio, promovendo a destruição de palestinos que vivem em Gaza”.
Segundo Magwenya, a evidência é detalhada em mais de 750 páginas de texto, suportadas por exemplos e anexos de mais de 4.000 páginas.
A Presidência da República sul-africana considerou que a “devastação” e o “sofrimento” do povo palestiniano em Gaza foram possíveis apenas porque, apesar das recomendações do TIJ e de numerosas acções e intervenções dos órgãos da ONU, Israel “não conseguiu cumprir as suas obrigações internacionais”.
O porta-voz da Presidência sul-africana sublinhou que “a luta palestiniana contra o imperialismo, o apartheid israelita e o colonialismo dos colonos são a realidade diária do povo palestino”.
Vincent Magwenya vincou que “o caso da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça é uma apresentação abrangente das evidências esmagadoras de genocídio em Gaza”.
Vários países, incluindo a Turquia, Nicarágua, Espanha, México, Líbia e Colômbia, aderiram ao caso que começou as audiências públicas em Janeiro.
Na sequência desta iniciativa, o TIJ impôs em Janeiro medidas provisórias a Israel no âmbito da convenção do genocídio, exigindo que Telavive reportasse o seu cumprimento no prazo de um mês, de forma a prevenir qualquer acto de genocídio no pequeno enclave palestiniano.
Em Maio, o mesmo tribunal ordenou o fim da ofensiva militar israelita na cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
O conflito em Gaza foi desencadeado em retaliação ao ataque efectuado a 07 de Outubro de 2023 pelo movimento islamita palestiniano Hamas em território ocupado por Israel e que matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis e onde cerca de outras 250 foram levadas como reféns.
Israel retaliou com uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza que já deixou mais de 42 mil mortos no terreno, também maioritariamente civis, na sua grande maioria, mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais e pelos elementos da ONU no terreno.
A guerra alastrou-se agora ao Líbano, onde Israel lançou em Setembro um forte ataque contra o território ocupado pelo Hezbollah, tendo, no entanto, já extravasado esse território e atacado directamente o Líbano, inclusive a sua capital Beirute, sem justificativa para isso a não ser a sua convicção de que são os senhores do mundo e os únicos detentores da razão.
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Imagem: © 2023 Atia Mohammed / Flash90